Técnica com estômago de ovelha visa tratamento de feridas crônicas

Vários sistemas de saúde em todo o mundo, tem pesquisado e analisado o crescente número no surgimento de feridas crônicas que não cicatrizam. Nas feridas crônicas não existe, por não haver um caminho certo, uma cicatrização previsível ou mesmo esperada podendo persistir por meses ou anos, apesar das melhores práticas. Os motivos exatos que levam a contribuir para a má cicatrização de feridas permanecem indefinidos, que podem envolver inúmero fatores sistêmicos e locais. Com o envelhecimento da população e o aumento de doenças crônicas como: diabetes, hipertensão, obesidade entre outras, onde muitas feridas podem ser resistentes à cura, colocando uma carga física, mental muito grande nos pacientes.

A ciência e a tecnologia têm buscado cada vez mais respostas e cura. Estudos para tratamento de feridas à base da Matriz Ovina Estomacal (OFM) para a cicatrização de vários tipos de feridas tiveram início em 2008, na nova Zelândia e em 2013 começou a ser comercializada.

Sua comprovação já deixou claro a eficácia no fechamento de diversos tipos de feridas, além de reduzir despesas hospitalares.

Quem está aplicando essa técnica, que ainda não é muito conhecida no Brasil, é o médico e estomateuta, Evandro Reis. Que vê neste processo, um grande avanço na utilização da OFM, que pode ser realizado em ambientes hospitalares, ambulatoriais e domiciliares de saúde.

Como funciona

O processo ativo neste curativo é o colágeno, entre outros, encontrado no estômago das ovelhas. Ela acaba por funcionar como um arcabouço propiciando uma matriz para infiltração celular ao mesmo tempo que modula as metaloproteases do leito da ferida, que é pode ser o dano cutâneo ou dos tecidos. Ou seja, ele acelera o processo de cicatrização natural já que é um ECM (Matriz Extracelular) com uma composição e estrutura que imita bem de perto os tecidos moles humanos. O OFM retém o processo ativo do colágeno da ECM do tecido, com uma estrutura porosa aberta para permitir o rápido repovoamento celular.

Com um custo baixo em relação à tecnologia usada para o tratamento de feridas complexas, uma vez que se trata de um produto biológico destinado ao uso ambulatorial. Estudos realizados no Centenary Hospital, Toronto – Canadá, confirmaram que algumas feridas fecharam em 12 semanas, outras em até 4 semanas e não foram observados efeitos colaterais. Este mesmo curativo vem sendo utilizado em países como: Nova Zelândia, Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Tailândia, Jordânia e México. Uma pesquisa publicada no jornal – Advances in Skin & Wound Care Journal: journals.lww.com/aswcjournal/Fulltext/2020/08000/Prospective_Multicenter_Evaluation_of_an_Advanced.7.aspx

Para Evandro Reis, a utilização deste curativo é um grande avanço social e financeiramente significativo para o sistema de saúde e o mais importante, a melhora na qualidade de vida das pessoas que vivem com feridas.

Redação

Redação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.