As cirurgias para correção de obstrução nasal e de suporte às alergias que mais afetam o nariz podem gerar muitas dúvidas relativas ao pré e pós-operatório. Afinal, a partir de quando é recomendável o processo cirúrgico? Como aferir o nível de comprometimento e posterior melhora da respiração em um paciente?
Para auxiliar nestas questões, o Hospital Paulista passou a contar neste mês de outubro com um novo aparelho médico: o rinomanômetro. Sob responsabilidade técnica das otorrinolaringologistas Cristiane Passos Dias Levy e Sheila Maria Cardinali Tamiso, o equipamento permite a realização da rinomanometria computadorizada e da rinomanometria acústica.
“É um aparelho responsável por exames ligados à parte respiratória. Ele auxilia no diagnóstico, mas também no período pré e pós-operatório de cirurgias nasais”, explica Sheila.
De acordo com Cristiane, a rinomanometria permite uma avaliação mais moderna e precisa do comprometimento respiratório de pacientes que relatam problemas nasais. “Com o rinomanômetro, o otorrinolaringologista pode identificar se a queixa do paciente é apenas uma impressão ou, por exemplo, se uma das cavidades apresenta maior dificuldade na passagem do ar”, destaca.
Por sua vez, no pós-operatório, o rinomanômetro é utilizado para estabelecer comparações e demonstrar a efetividade do procedimento cirúrgico a que o paciente foi submetido. Essa avaliação permite uma maior eficácia na continuidade do tratamento, garantindo, inclusive, segurança ao paciente e à equipe médica quanto à cirurgia realizada.
“Na rinomanometria computadorizada, um terminal de pressão é posicionado em cada cavidade nasal para aferir seu funcionamento. A partir dele, o médico consegue identificar o diferencial de pressão e o fluxo aéreo transnasal em cada cavidade. Assim, é possível quantificar a resistência ao fluxo aéreo no nariz. Ou seja, o ‘tamanho’ da dificuldade do paciente em respirar pelo nariz”, afirma Cristiane.
É uma medição objetiva do fluxo, que também permite avaliar a eficácia dos tratamentos de rinites alérgicas, quadros de desvio de septo e crianças com adenoides e graduar os efeitos dos tratamentos em pacientes que são classificados como respiradores orais.
“Já a rinomanometria acústica calcula as áreas transversais da cavidade nasal, desde as narinas até a nasofaringe. Por ser um exame estático, sua aplicação independe do fluxo aéreo transnasal. O método permite avaliar medidas antes e depois do uso de descongestionantes, verificando se a causa da obstrução nasal é principalmente esquelética ou mucosa”, completa Sheila.
O rinomanômetro já está em pleno funcionamento e é mais uma das opções oferecidas pelo Hospital Paulista aos pacientes, de modo a garantir a eficácia de tratamentos cirúrgicos no nariz.
Videonistagmógrafo
Outra novidade do Hospital Paulista na reta final de 2020 é a segunda unidade do videonistagmógrafo. O aparelho é responsável pela videonistagmografia, um exame capaz de testar a função do labirinto e as suas funções neurológicas relacionadas.
O procedimento permite aferir, por exemplo, se a tontura é causada pela vertigem posicional paroxística benigna ou pela doença de Menière (enfermidades do ouvido interno) ou ainda se está relacionada a doenças neurológicas, como a esclerose múltipla ou um acidente vascular cerebral.
“A segunda unidade do videonistagmógrafo permite ao Hospital Paulista ampliar seu atendimento, resultando em maior comodidade aos pacientes. Trata-se de um exame muito importante, responsável pela avaliação vestibular, e essencial no diagnóstico correto e preciso dos pacientes que se queixam de tontura”, explica o otorrinolaringologista Ricardo Schaffeln Dorigueto.