Palestrantes internacionais discutem implementação de diretrizes para atendimento em saúde

Como os profissionais de saúde devem proceder na prevenção, diagnóstico ou tratamento de determinadas doenças? Para isso, são seguidos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas (PCDT), os quais devem estar em linha com evidências científicas e revisões sistemáticas da literatura médica. Mas e quando essas evidências são escassas? E como implementar as diretrizes na prática?

Essas questões serão discutidas no evento “Evidência em Saúde 2020 — Da informação à implementação: desafios e novas tecnologias”, que ocorre nos dias 11 e 12 de novembro, de forma virtual. Promovida pelo Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), a iniciativa integra o projeto Desenvolvimento de Diretrizes Clínico-Assistenciais para o SUS-Diretrizes, do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS). O objetivo é compreender os diferentes contextos de realização de diretrizes clínico-assistenciais e aprimorar o conhecimento referente à adoção das recomendações.

O encontro é gratuito e voltado a profissionais de saúde interessados no tema, especialmente metodologistas, acadêmicos, profissionais de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS), gestores e demais envolvidos com a área. Serão dois turnos, com a participação de alguns dos maiores especialistas nacionais e internacionais do setor, como Amir Qaseem, vice-presidente da American College of Physicians (ACP), maior organização de especialidades médicas dos Estados Unidos, e Anna Gagliardi, professora da Universidade de Toronto e consultora internacional na implementação de diretrizes.

Em 2020, um grande desafio foi o modo de agir em relação ao Coronavírus, diante das escassas evidências sobre a doença no começo da pandemia. “Nosso grupo esteve envolvido na elaboração de diretrizes sobre a urgência da Covid-19. O encontro será uma oportunidade de aprofundar questões, recomendações em situações de poucas evidências, como na pandemia”, destaca Verônica Colpani, líder do projeto Diretrizes no Hospital Moinhos de Vento.

A especialista ressalta que, ao longo dos últimos anos, o projeto teve importante papel na padronização e elaboração de diretrizes. O trabalho do grupo contribuiu no desenvolvimento de protocolos para a doença de Chagas, diabetes mellitus tipo 2 e outras doenças. “É importante termos boas diretrizes, com as melhores evidências, mas esses documentos precisam chegar ao profissional lá na ponta”, pontua Verônica, enfatizando a rede de apoio proporcionada pelo SUS-Diretrizes nesse cenário.

Inscrições gratuitas: bit.ly/evento-diretrizes

Redação

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