Afastados por causa da pandemia, voluntários de hospitais serão homenageados

A equipe de voluntariado dos hospitais Universitário Cajuru e Marcelino Champagnat, de Curitiba (PR), receberá uma homenagem neste sábado (5), quando é comemorado o Dia Internacional do Voluntariado. Na ocasião, voluntários serão recebidos em esquema de drive-thru no estacionamento do Hospital Marcelino Champagnat e ganharão um cartão personalizado, com uma mensagem, além de uma lembrança de Natal. O voluntariado está afastado de suas ações desde março de 2020, por causa da pandemia de Covid-19, e essa será uma forma de reconhecimento e valorização dessas pessoas.

O cartão contém uma arte que simboliza um quebra-cabeça e cada voluntário terá sua foto estampada em uma das peças desse quebra-cabeça. Essa será uma forma de reconhecimento pelo papel do voluntariado para a saúde de pacientes e para a rotina de colaboradores, equipes médicas e de enfermagem, conforme explica a coordenadora do voluntariado e da pastoral dos hospitais, Nilza Brenny.

“Vamos mostrar para o voluntário que para nós cada um é uma peça fundamental. A gente só consegue formar esse quebra-cabeça com essa peça que simboliza ele e que para nós é muito importante. Não podemos deixar de agradecer a eles por tudo o que fazem por nós”, explica.

Afastamento durante a pandemia

Durante o ano de 2020, desde que a situação de pandemia de Covid-19 foi declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), os voluntários e as voluntárias dos hospitais tiveram que se afastar de suas atividades solidárias, por medidas de segurança. Muitas ações que eram realizadas em contato com pacientes e equipes foram suspensas. Ainda assim, o voluntariado permaneceu com algumas atividades, mesmo que a distância.

Entre as ações está a confecção de 75 mil máscaras, que foram usadas por profissionais que não estão nas áreas de risco, além de pacientes e familiares; confecção de bonecas de fuxico, feitas de retalhos, que ajudam colaboradores dos hospitais a ressignificar esse momento de dor e sensação de incerteza; ações de grupos de palhaços que fazem visitas virtuais aos setores dos hospitais; e momentos musicais, com apresentação de alguns voluntários, em visitas virtuais ou no jardim do Hospital Universitário Cajuru.

Com isso, a homenagem, segundo a coordenadora, também é um reconhecimento pelo cuidado que o voluntariado tem por quem está em tratamento ou por quem trabalha na área da saúde. “Mediante o possível de cada um a gente está tentando dar nosso melhor. Mas não tem como jamais esquecer as pessoas que nos ajudam. Gratidão e reconhecimento a tudo o que nossa equipe faz pelos hospitais e pelo próximo. Nós cuidamos muito também de quem cuida de nossos pacientes”, afirma.

Expectativa para 2021

Para 2021, a coordenadora espera que, assim que a imunização seja possível para todos, o voluntariado possa voltar e atuar, com toda a segurança possível. Ela acredita que, para o ano que se aproxima, essas pessoas terão papel de importância com os colaboradores. “Além do paciente vamos ter que focar e fortalecer as atividades com os colaboradores, porque as equipes que estão trabalhando em todo esse momento de pandemia estão mais fragilizadas e eu acredito que a presença do voluntário aqui consegue fazer a diferença na vida do próximo”, afirma.

Na opinião de Nilza, o voluntariado representa um “grande gesto de humildade, de solidariedade, de desprendimento, de doação, de altruísmo, de pessoas que têm vontade de fazer a diferença. Hoje nós não vivemos sem o voluntariado, pois ele vem muito de encontro com os nossos valores, com a nossa missão, e ter o voluntariado dentro dos nossos hospitais é imprescindível”.

Redação

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