Entre os pacientes que realizam qualquer tipo de cirurgia no abdômen 15% desenvolvem hérnia incisional (no corte da cirurgia), de acordo com a Sociedade Brasileira de Hérnia. Quando a cirurgia é realizada de forma minimamente invasiva, com as tecnologias de laparoscopia e robótica, o risco cai para 1% devido ao tamanho das incisões (cortes), que são mínimos.
Apenas no Sistema Único de Saúde (SUS) foram feitas 25,1 mil cirurgias para reparos de hérnias incisionais em 2019 e 12,6 mil, em 2020 – ano de pandemia e paralisação dos procedimentos eletivos.
Estima-se que sejam realizadas aproximadamente 600 mil operações para reparos de hérnias abdominais ao ano no Brasil, levando em consideração o sistema público e privado de saúde.
O QUE É HÉRNIA INCISIONAL – A alteração trata-se de uma abertura na musculatura que permite a passagem de parte de um órgão ou de gordura através dele e ocorre em locais onde já foram feitas outras cirurgias. Podem surgir em poucas semanas ou anos após a operação e são identificadas por protuberâncias (bolinhas) que aparecem na cicatriz de cirurgias anteriores.
Os pacientes sentem dor no local, principalmente durante a prática de atividades físicas. Geralmente o desconforto melhora com o repouso.
O tratamento é feito exclusivamente com cirurgia, já que é necessário fechar o espaço aberto na musculatura. Na maioria dos casos é indicado o uso de uma prótese (tela) para evitar a recidiva da hérnia.
Pessoas com anemia, desnutridas, que fazem uso de corticoides, com tosse crônica e, principalmente, aquelas com infecção na ferida cirúrgica, obesidade e tabagismo têm maiores chances de desenvolver hérnias incisionais.
Para saber mais, acesse: sbhernia.org.br