Em tempos de pandemia, falar de uma data como o Dia Mundial da Saúde enquanto seguimos no enfrentamento da Covid-19 e suas variantes tornou-se ainda mais urgente. A data, celebrada em 7 de abril, tem como principal objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância da preservação da saúde como forma de melhorar a qualidade de vida. Para este ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou uma campanha com foco na construção de um mundo mais justo e saudável. É um propósito muito em linha ao da Amparo, healthtech especialista em Atenção Primária à Saúde (APS) presencial e remota no Brasil, e ao próprio modelo da APS, que tem como figura central o médico de família e preza pelo atendimento humanizado de modo preventivo, integrado e contínuo.
Aqui na Amparo, o paciente é atendido por uma equipe multidisciplinar dedicada em conhecer todo o seu histórico de saúde e, assim, oferecer um cuidado personalizado, presencial e à distância, em uma ação coordenada e sequencial que envolve o médico de família, a equipe de enfermagem, de farmácia, de nutrição e de psicologia. Esse time resolve, em média, 90% dos casos, sem necessidade de encaminhamento para um especialista. Tal modelo de cuidado previne agravos e oferece um conjunto de ações em saúde que proporcionam bem-estar e melhoram a qualidade de vida do paciente.
Agora, voltando à campanha da OMS, de que forma a Atenção Primária à Saúde pode ajudar a transformar o mundo num lugar mais justo e saudável? Acho que o primeiro passo é reconhecer que a APS é uma importante ferramenta para que todos tenham acesso às ações e serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde. E aqui é muito importante entender que saúde não significa apenas a ausência de enfermidades. Saúde é ter qualidade de vida. É ter um direcionamento para uma boa alimentação, que resultará também em mais disposição, rendimento no trabalho, afazeres domésticos e atividades físicas. Ter saúde é saber que todo o cuidado e olhar do médico de família são voltados para o paciente e não para a doença e que a APS segue o princípio da equidade, ao reconhecer que todos precisam de atenção, mas não necessariamente dos mesmos atendimentos.
Imagine o seguinte cenário: duas pessoas estão fazendo uma viagem usando o mesmo modelo de bicicleta – e também com os mesmos ajustes de guidão, altura de banco e pedais – indicado a uma pessoa de porte grande. Mas seus biotipos são distintos. Uma pessoa de 1,90m e 100kg vai terminar o percurso de forma satisfatória, sentindo-se bem ao final da jornada. Já o mesmo equipamento usado por alguém de 1,50m e seus 55kg pode sofrer com desconforto e até se machucar. E é esse cuidado que tomamos aqui na Amparo, ao oferecer o que é preciso para cada um, conforme as necessidades particulares.
Está na hora de repensar esse modelo de saúde. Existem diversos levantamentos que mostram como a APS reduz os gastos com consultas e exames desnecessários, idas ao pronto socorro, sem contar as internações. A consequência direta é a redução da sinistralidade dos planos de saúde e o acesso mais justo e mais democrático a um cuidado personalizado e de qualidade. Prevenir custa bem menos do que tratar – tanto financeiramente quanto do ponto de vista da saúde.
A Amparo é a pioneira de uma geração de healthtechs no Brasil que aposta na APS para acelerar a disrupção positiva do setor de saúde, com o surgimento de produtos e serviços mais eficientes e personalizados. Veremos um movimento similar ao do impacto das fintechs no setor financeiro. Os insurgentes desafiaram os incumbentes, que logo reagiram. No fim, quem ganha são aqueles que consomem esses produtos e serviços. No nosso caso, estamos falando de pessoas mais satisfeitas e, sobretudo, saudáveis.
Convido a todos a pensarem, neste Dia Mundial da Saúde, como, de fato, construir um mundo mais justo e saudável. É um jogo que, no fim, todo mundo sai ganhando.
Emilio Puschmann é fundador e CEO da Amparo Saúde, healthtech focada em Atenção Primária à Saúde presencial e remota