A Unimed Sorocaba (SP) conseguiu vencer o pico da segunda onda da pandemia, quando as UTIs e leitos de enfermaria ficaram totalmente ocupados e os insumos necessários ao tratamento dos pacientes Covid-19 se esgotaram em várias instituições de todo o país. Para isso, medidas de contingenciamento, alocações substanciais de recursos financeiros e contratação de mão de obra assistencial foram adotadas em caráter de urgência. Somam-se a isto a eficácia, o comprometimento e os esforços de todos, sobretudo do Setor de Suprimentos e das Diretorias Clínica e Técnica do hospital.
Essa sinergia também é possível de ser verificada em dados concretos, pelos quais pode-se verificar que a taxa de sucesso no tratamento e do índice de contaminação entre os médicos e colaboradores da Unimed Sorocaba, superam os índices nacionais.
De 1/3/2020 a 4/5/2021
- Exames coletados (PCR Covid): 37.804
- Positivos: 14.365
- Internações entre março e dezembro de 2020: 771, com 41 óbitos
- Internações entre janeiro e abril de 2021: 870, com 118 óbitos
- Internados em UTI (total): 497
- Recuperados (total): 1.482
- Colaboradores + médicos que contraíram o vírus antes da vacina: 540
- Colaboradores + médicos que contraíram o vírus após a vacina: 122 (31 médicos e 91 colaboradores e nenhum precisou ser internado na UTI)
- Colaboradores + médicos que precisaram ser internados: 216 (de um universo aproximado de 3.500 pessoas)
- Colaboradores + médicos que faleceram: 4 (todos antes da vacina)
Pelo que se tem de notícias, nenhum outro hospital do interior do estado de São Paulo registrou mais atendimentos que o Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS). De acordo com o superintendente da Unimed Sorocaba, Dr. Sergio Rachkorsky, foram atendidos pacientes particulares que contraíram o novo Coronavírus, assim como clientes de coirmãs (algumas delas, localizadas fora da área de abrangência, como em Americana, Bebedouro, Itu e Salto, por exemplo). “Isso além daqueles que fazem parte dos contratos da Fesp e Central Nacional. Desta última, por sinal, chegamos a ter 54 pacientes intubados.”
Na medida em que a pandemia evoluía, a estrutura de atendimento aumentava para dar conta da demanda. “Foram 118 contratações de profissionais da área assistencial, inclusive de médicos; aumentamos as escalas médicas de três para sete, em regime de 24 horas; e fizemos importações, compras com pagamento antecipado e negociações especiais com fornecedores que nos garantiram a compra de 25 novos respiradores, bloqueadores neuromusculares, anestésicos, anticoagulantes, entre outros insumos”, revela o doutor Sergio Rachkorsky.
Com isso, todas as pessoas que necessitaram de cuidados por conta da Covid-19 no HMS foram acolhidas. “Não negamos nenhum atendimento. Chegamos a ter perto de 80 pacientes intubados, sendo que a previsão inicial era de 30. Não houve casos de pacientes intubados à espera de um leito na UTI”, relembra. “Cumprimos nosso papel perante os nossos clientes, o Sistema Unimed e a comunidade e registramos uma taxa de mortalidade de, aproximadamente, 22%, muito menor que os índices nacionais”, resume.