De janeiro a maio, período mais crítico da pandemia da Covid-19, as Santas Casas e hospitais filantrópicos deram importante suporte e atenderam à mais da metade dos casos da doença. Há instituições do setor que foram responsáveis por 99,2% dos atendimentos, como as que integram a DRS (Departamentos Regionais de Saúde) de Franca. Outras DRS’s em que os hospitais filantrópicos se destacaram com o maior percentual de atendimento são Araçatuba (85,2%); São João da Boa Vista (71,1%); Barretos (69,9%); e Sorocaba (69,3%).
“Apesar de todas as dificuldades financeiras que as entidades filantrópicas enfrentam, elas fizeram e continuam fazendo todos os esforços para disponibilizar seus leitos, tratar os pacientes e salvar o maior número possível de vidas”, fala o diretor-presidente da Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo), Edson Rogatti.
Segundo o governo paulista, o Estado de São Paulo terminou o mês de julho com uma redução de 49% na média diária de novos óbitos e de 22% de novos casos de Covid-19 em comparação às médias de abril, marcado por balanços recordes da segunda onda da pandemia. As reduções, de acordo com o Executivo, são resultado da campanha de vacinação e das medidas de prevenção contra a doença.
Apesar da queda, uma nova situação preocupa os hospitais filantrópicos, no pós-pandemia: a demanda represada de consultas, exames e cirurgias. “Essa questão vai se somar a outros atendimentos diários realizado pelas instituições, como casos de acidentes, partos, entre outros, além dos tratamentos das sequelas da Covid-19, o que traz um grande desafio daqui por diante”, ressalta Rogatti. “Mas como base dos atendimentos SUS, tudo o que estiver ao nosso alcance será feito e continuaremos batalhando para que o Parlamento brasileiro, o Ministério da Saúde e o Governo Federal reconheçam a importância destas instituições e o protagonismo que assumem em defesa do SUS no Brasil e, juntos, possamos traçar caminhos para enfrentar, da melhor forma possível, o que está por vir”, conclui.
As Santas Casas e hospitais filantrópicos são responsáveis por 50% dos atendimentos do SUS (Sistema Único de Saúde) na média complexidade e 70% da alta complexidade. Em algumas cidades, são os únicos equipamentos de saúde disponíveis à população, atendendo a todas as classes sociais.