Uma terceira dose do imunizante contra a Covid-19 será necessária. Afinal, a durabilidade dos anticorpos é reduzida após alguns meses de aplicação da última, revela um estudo divulgado pelo Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC), através dos serviços de Patologia Clínica e de Saúde Ocupacional e publicado pelo jornal Impala.pt. Os cientistas avaliaram a resposta dos de Saúde à vacina contra a covid-19 e acreditam que uma terceira dose da vacina é indispensável, pois, em três meses após a aplicação do imunizante, a proteção cai a pique. Segundo a médica Lucília Araújo, “mais cedo ou mais tarde, será necessária uma terceira dose”, uma vez que os “anticorpos observados ao fim de seis meses da vacinação podem não ser já protetores”.
E a grande preocupação observada é exatamente por esta queda na quantidade de anticorpos em tão pouco tempo: “Uma terceira dose será necessária em breve, porque o que verificámos é que a nossa população teve uma resposta extraordinária à vacina – 97,7% responderam com nível muito elevado de títulos de anticorpos ao fim dos 14 dias da segunda dose da vacina –, mas que estes desceram abruptamente ao fim de três meses, em média para cerca de um sexto do valor inicial. Esta descida manteve-se ao fim dos seis meses.”
Diante deste cenário, ela reforça a necessidade de uma terceira dose para toda a população em geral. “A revacinação deveria ser extensível à comunidade, primeiro aos mais suscetíveis, vacinados há mais de seis meses, e, depois, a toda a população, independentemente da idade, para que os surtos possam ser controlados, evitando ainda a evolução para variantes mais agressivas”, detalha a médica.
Para fazer a pesquisa, os cientistas coletaram dados de quatro mil funcionários “foram avaliados até a terceira fase, mas irão tomar uma terceira dose da vacina antes de serem avaliados na quarta fase, a que se completa ao fim de um ano”, completa Lucília.