As veias cavas, superior e inferior, são responsáveis por transportar o sangue venoso (pobre em oxigênio ou sangue sujo) do corpo para o átrio direito do coração. Já o filtro de veia cava é um dispositivo utilizado na medicina para prevenir que trombos dos membros inferiores progridam até o pulmão.
“O filtro, muitas vezes, é utilizado em emergências, como em pacientes graves e/ou internados em UTI, podendo, inclusive, salvar as vidas desses pacientes”, explica o Dr. Igor Rafael Sincos, Cirurgião Vascular e Endovascular, Chefe da Equipe Endovascular do Hospital Albert Sabin (HAS), de São Paulo (SP).
Sua implantação deve ser realizada no centro de hemodinâmica, através de uma pequena punção na virilha onde o médico consegue posicioná-lo no abdômen. “Resumindo, o filtro tem a função de capturar os coágulos formados nos membros inferiores, evitando que cheguem aos pulmões”, completa o Dr. Igor.
O filtro de veia cava geralmente é temporário e deve ser retirado assim que o risco de trombose no paciente esteja afastado. Esse tempo pode variar de 30 dias até, no máximo, um ano. Pode ser definitivo, mas é bastante raro.
Porém, o médico do HAS relata o surgimento, no próprio hospital, de um caso em que a paciente estava com o filtro implantado há 18 anos. “Uma situação muito delicada e perigosa, pois, ao longo do tempo esse filtro pode perfurar veias e até adentrar o intestino ou outros órgãos”, diz. Em razão do tempo de permanência do tal filtro, a dificuldade de retirada com técnicas endovasculares convencionais é muito difícil, sendo indicado, comumente, a cirurgia aberta.
No entanto, a equipe endovascular do Hospital Albert Sabin optou por retirar o filtro através do cateter de laser, uma técnica inovadora. Tal procedimento é o primeiro realizado no Estado de São Paulo e o segundo no Brasil. A paciente reagiu muito bem e em apenas dois dias a alta foi concedida.
“A satisfação de toda a equipe endovascular em ter acesso, disponibilizado pelo Hospital Albert Sabin, aos mais avançados recursos tecnológicos é indescritível. Aqui o paciente vem em primeiro lugar e as taxas de êxito nos procedimentos são altíssimas”, comemora o Dr. Sincos.
O HAS reitera que, voltado sempre ao seu principal patrimônio, que são seus pacientes, disponibiliza, por meio de uma estrutura que só um hospital de grande porte e referenciado em sua região pode proporcionar, os recursos mais avançados para esse e outros procedimentos, além do já característico tratamento humanizado, que diferencia o hospital, e suas modernas instalações.