Em cerimônia realizada nesta terça-feira (31), na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), representada por sua presidente, a médica patologista Kátia Ramos Moreira Leite, foi homenageada pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), órgão do Ministério da Saúde, pela participação no programa de rastreamento de câncer de colo uterino de mulheres indígenas da Região Norte do país.
O programa, que está em andamento, contempla a análise de citologia cérvico-vaginal de uma população de 10 mil mulheres. Já foram realizados mais de 2 mil exames citológicos (Papanicolau), sem custo, por 11 laboratórios de patologia que se dispuseram a participar desse ato voluntário.
Com mais de 2 mil casos anuais, o câncer de colo de útero afeta mais frequentemente a mulher do norte do país do que o câncer de mama. O câncer de colo do útero é causado pela infecção pelo HPV, sendo assim uma doença prevenível e tratável quando identificada precocemente. Conforme explica Kátia Moreira Leite, o cenário na região Norte é preocupante. “Se conseguirmos ampliar o acesso ao programa de rastreamento e conscientizarmos a população sobre a importância da vacina contra o HPV, seremos capazes de mudar esta realidade”, destaca a presidente da SBP.
Os laboratórios que aderiram voluntariamente ao projeto são o Laboratório de Patologia Costa, Nogueira e Távora (Fortaleza/CE); Centro Integrado de Anatomia Patológica (Brasília/DF); Laboratório Médico Oswaldo Cruz (Goiânia/GO); Centro de Investigação e Diagnóstico em Anatomia Patológica/CIDAP (Juiz de Fora/MG); Instituto de Patologia Cirúrgica e Molecular de Serviços (Belém/PA); Laboratório de Patologia e Citopatologia (Londrina/PR); Ogata e Klock Anatomia Patológica (Itajaí/SC); CientíficaLab Produtos Laboratoriais e Sistemas (Barueri/SP); GENOA/LPCM (São Paulo/SP); Instituto de Anatomia Patológica de Piracicaba (São Paulo/SP) e Rede D’Or São Luiz (São Paulo/SP).
Além da coleta e análise de mais 8 mil exames nos próximos meses, a SBP está preparando, junto ao SESAI-Ministério da Saúde, um programa educativo com foco na melhoria da qualidade da coleta dos esfregaços cérvico-vaginais para os profissionais que atuam nos postos de atendimento da região Norte.