Setembro Amarelo: como preservar a saúde mental dos colaboradores no ambiente corporativo

Com a pandemia, os índices de estresse, depressão e Burnout aumentaram, chamando a atenção das pessoas para os cuidados com a saúde mental. Apesar desse cenário, menos da metade das empresas investem em políticas destinadas às questões emocionais dos colaboradores. De acordo com a pesquisa de benefícios corporativos realizada pela consultoria Mercer Marsh Benefícios, em 2019, 46% das companhias brasileiras possuíam alguma iniciativa destinada à saúde mental.

De acordo com a psicóloga da OZN Health, concessionária de serviços não clínicos no Hospital Delphina Aziz, de Manaus (AM), Dayana Guimarães, é preciso falar sobre saúde mental dentro do ambiente de trabalho e conscientizar os colaboradores sobre a importância da prevenção ao suicídio. “A pandemia instigou ainda mais as questões emocionais, fazendo surgir a preocupação com o futuro, medos de possíveis perdas e da vulnerabilidade com a saúde. Por isso, é necessário falar sobre esse assunto”, analisa.

Para auxiliar os times, atualmente, a OZN Health realiza o acolhimento com os colaboradores trabalhando a saúde mental por meio da escuta e o atendimento especializado em terapia cognitiva. “Não podemos lidar com a ansiedade ou depressão como uma ‘frescura’. A pessoa pode estar precisando de ajuda e não querer se abrir por receio de como a sociedade irá reagir”, explica.

Ainda de acordo com a psicóloga, trabalhar a sensibilização é um ponto importante. “No Delphina Aziz realizamos um acompanhamento psicológico por meio de dinâmicas, instigando a inteligência motivacional”.

Tais atividades se mostram cruciais para o bom desempenho no mercado de trabalho: segundo levantamento realizado em 2020 pelo Instituto Bem do Estar e a NOZ Pesquisa e Inteligência, com mais de 1.500 brasileiros, 53% tiveram alterações de humor durante o isolamento, e as impressões mais citadas foram: medo acima do normal (71%), preocupação (70%), desânimo (56%) e sensação de que algo ruim pode acontecer (51%). Os dados comprovam ainda mais o quanto é preciso estar atento aos gatilhos mentais, que podem ser responsáveis pelo início ao pensamento depressivo.

Pensando na importância do tema, a OZN Health, em parceria com o Instituto Opy de Saúde, realizou uma roda de conversa, nos dias 23 e 24 de setembro, para debater as causas e as ações responsáveis pela potencialização dos sintomas. “Foi um momento para os colaboradores se sentirem acolhidos, sem julgamentos, fornecendo apoio e entendendo o processo de aceitação de cada um”, completa.

Se você está precisando de ajuda, ou precisa desabafar, procure auxílio especializado no Centro de Valorização da Vida (CVV) ou nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) da sua cidade. O CVV funciona 24 horas por dia, pelo telefone 188, e também atende por e-mail, chat e pessoalmente.

Redação

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