O Hospital Delphina Aziz, de Manaus (AM), realiza atendimento humanizado para crianças nas salas de exame de ressonância magnética e tomografia computadorizada. O ambiente acolhedor foi implantado pela OZN Health, concessionária de serviços não clínicos da unidade hospitalar, e inaugurado em julho deste ano destinado ao atendimento de todos os pequenos, incluindo os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), encaminhados à unidade por meio da Central Unificada de Regulação e Agendamento de Consultas e Exames (Cura), da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM).
O atendimento personalizado inicia na chegada das crianças: para aguardar os exames, os pacientes ficam em uma sala preparatória planejada para acolhê-los da melhor forma possível. Os detalhes fazem toda a diferença: roupas de cama e vestimentas dos profissionais de saúde com temáticas infantis, ambiente lúdico, exibição de desenhos animados, além do tratamento humanizado para que os pequenos fiquem mais tranquilos. Na sala de exames de tomografia e ressonância magnética o tratamento humanizado também é expressado em painel com imagens de copas das árvores, simulando um ambiente calmo à céu aberto, e a cromoterapia também é escolhida para promover o maior conforto para as crianças.
De acordo com a enfermeira e diretora assistencial do Delphina Aziz, Cinthia Rodrigues, o objetivo é proporcionar uma experiência positiva às crianças. “Ver o sorriso deles faz a gente nos sentir cada dia melhor”, diz.
O Hospital é a primeira unidade de saúde pública do Amazonas a aplicar a técnica de simulação de ambientes, buscando o maior conforto dos pacientes. A unidade possui capacidade para realizar 120 exames por dia, nas duas especialidades. Segundo o diretor da OZN Health, concessionária de serviços não assistenciais do Delphina Aziz, Thiago Python, a nova experiência oferece teto animado, simulando a copa de uma árvore, com luzes azuis para trabalhar a cromoterapia, que também auxilia na tranquilidade. “Para os pequenos, disponibilizamos o Certificado de Coragem. Após o procedimento, a criança recebe a declaração”, pontua.
A expansão do atendimento para outras áreas já está em planejamento, incluindo a parte laboratorial. “É a nossa obrigação oferecer a melhor experiência ao paciente”, finaliza.
Na prática
Israel, de 4 anos, possui hipotireoidismo congênito e suspeita de paralisia cerebral. Para confirmar a suspeita, a médica neuropediatra solicitou uma ressonância magnética. De acordo com o tio do Israel, Miqueias Gama, o atendimento personalizado faz toda a diferença. “A preparação é excelente e facilita para a criança se sentir segura e confortável. É uma conquista enorme para a rede do SUS”, afirma.
Um dos intuitos do atendimento humanizado é reduzir a necessidade de sedação para a realização dos exames. Para tranquilizá-los ainda mais, a equipe médica realiza um bate-papo intitulado de “papoterapia”. O pai de Heloísa Oliveira, de 14 anos, relata que, com o incentivo dos médicos e enfermeiros, a filha não precisou de anestesia. “Ela foi incentivada e deu tudo certo. Ficamos felizes com o tratamento diferenciado”, relata.