Após 24 anos, Pró-Saúde encerra gestão no Hospital de Porto Trombetas

As certificações de qualidade aliadas ao trabalho social que erradicou a malária em comunidades ribeirinhas compõem parte de um conjunto de realizações que a Pró-Saúde promoveu no Hospital de Porto Trombetas (HPTR), em Oriximiná (PA). Nesta sexta-feira (8), a entidade filantrópica encerra 24 anos de gestão da unidade que, na sua avaliação, deixou um legado importante para a população atendida.

“Foi uma experiência exitosa. Ao longo desses anos, levamos serviços de saúde de extrema qualidade para um hospital localizado em uma região remota, cujo acesso acontece apenas pelos meios fluviais e aéreo, no meio da floresta Amazônica, perto de Oriximiná, no Pará”, afirma Danilo Oliveira da Silva, diretor corporativo de Operações da Pró-Saúde.

O encerramento da gestão ocorre no momento em que a unidade finaliza o processo para conquistar sua primeira certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA), entidade sem fins lucrativos que atua em parceria com a International Society for Quality in Health Care (ISQua), promovendo qualidade da saúde em países como Estados Unidos, Reino Unido, França e Canadá.

Outro destaque foi a conquista do selo de qualidade do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), em novembro de 2019, que certificou as boas práticas e as resoluções atreladas à assistência de enfermagem do hospital.

“Prestar assistência segura e de qualidade na Amazônia não é uma tarefa fácil, mas a tradição e a experiência da Pró-Saúde nos trouxeram segurança”, resumiu Gabriella Mota Palheta, gerente do Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente (NQSP).

“A busca pela melhoria contínua nos rendeu certificações e reconhecimentos, entregando valor ao paciente e nos desafiando diariamente a entregar também o melhor de nós”, acrescentou.

Gabriella também destacou o orgulho dos profissionais pelo trabalho realizado no hospital em benefício da assistência segura aos pacientes, que respeitou as tradições e a floresta. “Temos a convicção do legado que deixamos para o distrito de Porto Trombetas e comunidades do entorno”, complementou a profissional.

Mantido pela Mineração Rio do Norte (MRN) e gerenciado pela Pró-Saúde desde 1997, o hospital oferta 25 especialidades entre presenciais e telemedicina, realizando atendimentos ambulatoriais, de urgência, cirurgias e internações.

A unidade também se destacou no âmbito social, com o atendimento prestado à comunidade no “ambulatório da feirinha”, importante ponto social e comercial da região e de pronto atendimento gratuito para a população ribeirinha e quilombola da região, sendo referência para mais de 6 mil pessoas.

Fim da malária 

Em 1999, a Pró-Saúde implantou o Programa de Combate à Malária no Hospital de Porto Trombetas. Em menos de um ano, foi possível erradicar em 80% os casos da doença na região, resultando, em 2003 na premiação internacional Billiton Health, Safety, Environment and Community. Oito anos depois, em 2011, a entidade conseguiu zerar os casos da doença na região.

Agora, durante a pandemia do novo Coronavírus, a unidade está atuando de forma intensa, sendo referência de atendimento na região. O HPTR integrou campanhas de prevenção, realizou a testagem e isolamento em massa e estruturou ala para atendimento exclusivo dos casos de Covid-19.

Além de disponibilizar uma UTI móvel para facilitar o transporte de pacientes graves, a unidade ainda auxiliou o processo de imunização, com um posto montado no Cineteatro de Porto Trombetas.

“O desafio era fazer atendimento médico hospitalar na Amazônia com alta qualidade e, a cada dia, agregamos profissionais cada vez mais qualificados”, disse Gustavo Estanislau Martins Bispo, diretor Técnico do hospital.

O diferencial da Pró-Saúde, prosseguiu Gustavo, é sua rede de apoio amparada por uma expertise construída ao longo de seus 50 anos, proporcionando inovação e desenvolvimento. “Apesar de estar localizado em uma área remota, o Hospital de Porto Trombetas cresceu e foi protagonista em diversas situações. Encerramos essa gestão alcançando níveis internacionais de qualidade e segurança do paciente”, afirmou.

Redação

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