Em 2020, do total de partos realizados na saúde suplementar, 82,7% foram por cesarianas. A taxa representa retração de 0,5 ponto percentuais (p.p.) em relação ao índice de 2019 e queda de 1,9 p.p. em comparação a 2015. Os dados são da “Análise da Assistência à Saúde da Mulher na Saúde Suplementar Brasileira entre 2015 e 2020”, do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).
A avaliação do IESS mostra uma tendência lenta de queda do percentual de cesarianas no período analisado. Entre 2015 e 2020, a realização desse tipo de procedimento caiu de 481.571 para 400.243 (-16,9%). Em relação aos partos normais, entre 2019 e 2020, observa-se um crescimento gradual na quantidade com alta de 82.681 para 83.767 (+1,3%). Entretanto, no período entre 2015 e 2020, houve redução de 4,3%.
Para José Cechin, superintendente executivo do IESS, “os dados da Análise da Assistência à Saúde da Mulher na Saúde Suplementar Brasileira são informações que podem auxiliar na formulação de políticas assistenciais voltadas à população feminina, especialmente em nos cuidados específicos durante uma gestação”, opina. “a tendência é positiva, mas ainda muito fraca. São necessárias políticas para acelerar a redução do percentual de partos cesarianos.”
No período analisado, o número de partos também caiu 14,9% na saúde suplementar. Em 2015, foram realizados 569.188 procedimentos. Já em 2020, o total diminuiu para 484.010. A mesma tendência foi apontada na pesquisa Vox Populi realizada a pedido do IESS. O parto representou 5% dos serviços utilizados pelos beneficiários de planos de saúde em 2015. Em 2021, a taxa caiu para 3%. Acesse a integra da pesquisa.
A ‘Análise da Assistência à Saúde da Mulher na Saúde Suplementar Brasileira entre 2015 e 2020’ está disponível aqui.