Para uma grande parcela da população mundial, a pandemia do novo Coronavírus adiou planos, sonhos e projetos, tanto pessoais, quanto profissionais. Apesar das dificuldades, os voluntários do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), de Jundiaí (SP), em um gesto de empatia e dedicação, mantiveram suas atividades mesmo que distantes. Afastados desde março, seguindo a orientação de isolamento social, os membros do grupo “Visita Vicente” realizaram ações que ajudaram não só a instituição, mas a comunidade como um todo.
Inicialmente, os voluntários enviaram mensagens e vídeos de incentivo para todos os colaboradores e principalmente para as equipes na linha de frente no combate à Covid-19. Humanizados, com a verba arrecadada no último bazar, ao longo dos meses, investiram na aquisição de doces e lembrancinhas para serem entregues aos heróis da saúde. As iniciativas não pararam por aí e máscaras de pano foram confeccionadas e trocadas por mantimentos. Mais de 3.500 kg de alimentos foram arrecadados e direcionados a diversos locais, priorizando as comunidades mais vulneráveis. A ação foi uma parceria do grupo com a rede de alimentos, Kalimera Hortifruti.
A coordenadora do Visita Vicente, Cyzinha Toniolo, explica que as ações presenciais só irão retornar após a disponibilidade de vacinação contra a doença, já que os participantes são na grande maioria idosos. “É difícil porque eles me pedem para voltar, muitos dizem que se responsabilizam e que não há problema, pois sentem muita falta do hospital. No começo, como todo mundo, achávamos que ia ser algo passageiro. Mas independente de ser presencial ou não, nós mantemos vivo nosso projeto e continuamos trabalhando com muito amor e comprometimento em prol do hospital”.
Os 110 voluntários atuavam em diversos setores e unidades, além do bazar mensal. A nova ação do grupo é a venda de panos de prato, que também contará com verba revertida ao São Vicente, além da parceria com um brechó, que irá direcionar ao hospital jundiaiense o valor de R$ 5,00 para cada roupa vendida.
“Eu gostaria que todos os voluntários soubessem que são muito importantes e que eles fazem muita falta para a instituição. Espero que durante esse período de reclusão eles possam ter novas ideias, pensar em novos caminhos para que quando tudo isso passar, nosso trabalho volte mais forte do que antes. Vocês são lembrados e valorizados, tenham certeza disso”, reforça Cyzinha.