A importância do cuidado com as pessoas, em situações de crises e mudanças

A psicóloga Juliana Bley (à direita), em sua explanação, mediada por Fátima Macedo, CEO da Mental Clean

“O Cuidado com as Pessoas na Gestão de Mudanças, Crises e Transições” foi o tema da conferência que abriu a programação da tarde do primeiro dia do 20º Congresso Brasileiro de Qualidade de Vida (CBQV), nesta terça-feira (4), promovido pela Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), no Instituto de Ensino e Pesquisa Sírio-Libanês, em São Paulo.

Na ocasião, a psicóloga Juliana Bley, especialista em Metodologias de Aprendizagem, Psicoterapia Sistêmica e Práticas de Diálogo, explanou sobre a necessidade do cuidado e do acolhimento com os colaboradores em situações de mudanças, crises e transições, que, geralmente, são acompanhadas por inseguranças, desconforto, medo e dúvidas.

Em sua fala, ela ressaltou que muitas estatísticas apontam que organizações que cuidam das pessoas, enquanto gerenciam mudanças ou enfrentam crises, têm seis vezes mais chance de atingir bons resultados na implantação de novos projetos ou metas.

A palestra foi mediada por Fátima Macedo, psicóloga especialista em saúde mental do trabalhador e CEO da Mental Clean, que provocou uma reflexão sobre qual o papel da liderança frente a esse cenário de incertezas pelo qual vem passando a sociedade e, consequentemente, as organizações.

“Podemos considerar a liderança um ‘barqueiro de travessia’? Os gestores têm sido muito convidados e ‘provocados’ a cuidar das suas pessoas, ao mesmo tempo em que têm que entregar resultados e promover o autocuidado. E como conciliar tudo isso?”, observou Fátima, que também é especialista na Implantação e Gestão de Programas de Saúde Mental, Tratamento à Dependência Química, Enfrentamento à Violência contra a Mulher e Promoção de Qualidade de Vida em empresas.

Para Juliana Bley, é fundamental que o líder, além de cuidar das rotinas práticas, se veja e pense como um cuidador, que não é ser um psicólogo do colaborador, ou, muitos menos resolver o problema da pessoa.

“Na prática, nos apoiamos para poder atravessar períodos de crise com o mínimo de sofrimento e com o máximo de bem-estar possível. Abrir espaços de diálogos com as pessoas é muito importante, escuta ativa, prestar atenção na forma como elas estão se comportando e não apenas olhar para os resultados, e, por fim, o autocuidado, pois os líderes gestores estão no mesmo barco que os colaboradores: cansados, muitos com Burnout, e pós-traumatizados com a pandemia”, concluiu a palestrante.

Redação

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