A logística envolvida na distribuição da vacina contra a Covid-19

A pandemia do novo Coronavírus foi algo nunca antes visto na história e trouxe diversos desafios em áreas distintas. Na logística não é diferente. Ana Paula Barros, diretora da MAC Logistic comenta um pouco sobre como será a distribuição da vacina no território brasileiro, levando em conta todos os avanços tecnológicos. Para início, é fato: “não existe uma prioridade de países em relação à vacina, não é levada em conta a taxa de contaminação, por exemplo. Existe a estrutura de cada local em relação à preparação para o recebimento da imunização. A Inglaterra e os EUA, por exemplo, de acordo com as suas estruturas, levando em conta o transporte, a parte política, a economia, entre outras, já estão recebendo a vacina. No entanto, somos privilegiados. Se formos nos comparar a países do continente africano, por exemplo, estamos muito à frente. Eles só terão a vacina daqui a um ou dois anos provavelmente”, comenta a diretora.

O Brasil é um dos mais imunizados do mundo, aderiram às campanhas de vacinação. “Sendo assim, acredito que, os brasileiros sempre aderiram às campanhas de vacinação e o transporte e a distribuição da imunização tendem a ser facilitados. Temos profissionais capacitados e saúde pública, sem custo, a todos, então por conta disso, a logística deve ser facilitada. A operação é complexa, mas penso dessa forma”, pontua. O transporte da vacina, por sua vez, será feito majoritariamente via transporte aéreo e rodoviário, mas “trabalhar com logística no Brasil é tão burocrático que, quando vamos para outros países, percebemos o quanto aprendemos. É um ‘mestrado’ feito em terras brasileiras”, afirma Ana Paula Barros.

Destaca-se, porém, o risco de um colapso logístico (tendo em vista que a mobilização para distribuir a vacina ocorra massivamente em 2021, mas também deve se estender entre 2022 e 2023). Apesar de já ter havido eventos como a Olimpíada ou a Copa do Mundo, que são grandes e demandam a logística em muitas esferas, nunca houve nada parecido com o que está por vir.

Por conta da necessidade de transportar a vacina, as outras cadeias podem ficar prejudicadas. “Isso vai acontecer. Todo o sistema aéreo logístico mundial está operando em torno da imunização. Precisamos pensar no e-commerce, na indústria que precisa de insumos, em várias empresas que dependem de transporte aéreo e os 15 mil cargueiros (estimados para a distribuição) e todos os equipamentos que ficarão à disposição para que a vacina chegue, trarão um apagão logístico. Temos que nos preparar. Nós, da MAC Logistic, já fizemos um cronograma a respeito disso, porque é imprescindível já deixar tudo preparado”, destaca Paula.

A MAC Logistic tem presença em mais de 200 cidades ao redor do mundo. Se houver qualquer demanda extra a empresa está pronta para atender, assim como fez com as máscaras no início da pandemia. “Trabalhar em uma empresa familiar é ser cobrado duplamente. A nossa história é muito grande e permeia toda a nossa família”, pontua. No entanto, ela destaca: “a magia de trabalhar bem e ter uma boa empresa para trabalhar é simples: tratar gente como gente. Respeitar e valorizar a todos. Não importa a raça, a orientação sexual, o que a pessoa gosta de fazer. O importante é estar bem e, assim, posso afirmar: temos as melhores pessoas para trabalhar com logística no Brasil”, ressalta.

É importante ressaltar que “a MAC Logistic tem várias pessoas que trabalham conosco há mais de 20 anos! E, por isso, possuímos vários programas de incentivo de pessoas como treinamentos, capacitações e benefícios graduais. Valorizamos e reconhecemos nossos profissionais”, finaliza.

Redação

Redação

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.