A ABIMO – Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos e o SINAEMO – Sindicato da Indústria de Artigos e Equipamentos Odontológicos, Médicos e Hospitalares do Estado de São Paulo elegeram as novas diretorias que comandarão as entidades até 2027. Jamir Dagir Jr. assume a presidência da Associação enquanto Ruy Baumer segue para mais um mandato como presidente do Sindicato.
“Continuaremos o árduo trabalho que a ABIMO vem fazendo nos últimos 12 anos para o fortalecimento da indústria nacional e para que nossas fabricantes possam atuar em um ambiente onde a competitividade com a produção externa seja justa e haja segurança jurídica e tributária para o desenvolvimento do setor”, comenta Dagir Jr. que é sócio da Dorja, empresa fundada em 1978 para fabricação de um amplo portfólio de produtos médicos.
Entre os temas prioritários estão reforma tributária, isonomia, encerramento da lista Covid – que zera o imposto de importação de uma ampla gama de produtos para a saúde – e revisão da Tabela SUS.
Para essa nova gestão, houve uma troca de cadeiras. Dagir Jr. era vice-presidente e subiu para a presidência enquanto Franco Pallamolla, que presidia a entidade, assume a vice-presidência de relações institucionais. Pallamolla é CEO da Lifemed, empresa 100% nacional com mais de 40 anos de atividade no desenvolvimento de equipamentos para a saúde.
Essa segmentação – que coloca José Roberto Pengo, fundador e presidente da Biomecanica, como vice-presidente financeiro – foi estratégica para uma melhor distribuição das demandas, como explica Dagir Jr. “São diversas as demandas a serem trabalhadas. Por isso, propusemos essa mudança de organograma para darmos ainda mais atenção aos assuntos específicos que norteiam nossa atuação”, pontua.
A ABIMO apresenta ainda outra mudança institucional: Paulo Henrique Fraccaro, até então superintendente da entidade, assume como CEO.
Já no SINAEMO, Ruy Baumer, presidente da empresa brasileira que leva seu sobrenome e fabrica produtos para diversas especialidades da saúde, segue na presidência, acompanhado de Fraccaro como secretário e Paulo Jéferes Wincheski como tesoureiro.
Confira AQUI todos os nomes que compõe os novos conselhos deliberativo e fiscal da ABIMO e AQUI os detalhes sobre a gestão do SINAEMO.
Nos últimos cinco anos, exportações das empresas associadas ao BHD cresceram mais do que média nacional
Entre 2018 e 2022, marcas participantes do projeto ampliaram em 12,83% suas vendas externas, enquanto a média de crescimento das exportações nacionais no período ficou abaixo de 3.
Os resultados dos últimos cinco anos do Brazilian Health Devices (BHD), projeto setorial da Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (ABIMO) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), validam a importância do projeto para a internacionalização da indústria brasileira da saúde. Entre 2018 e 2022, enquanto as marcas apoiadas cresceram em 12,83% suas vendas externas, a média nacional de aumento das exportações foi de 2,14%.
Durante este período, as empresas do BHD exportaram US$ 584 milhões, o que representa 14,32% de todos os dispositivos médicos exportados pelo país. “O Brazilian Health Devices está a duas décadas impulsionando a internacionalização da indústria brasileira e os resultados desses últimos cinco anos nos mostram que estamos no caminho certo”, comenta Larissa Gomes, gerente de projetos e marketing internacional da ABIMO.
A executiva reforça que a evolução é nítida. “Antigamente, muitos países não enxergavam nosso bom desempenho na fabricação de produtos para a saúde. Todo o esforço para mostrar, ao mundo, que somos uma potência no setor, que trabalhamos com tecnologia de ponta e que temos capacidade de competir de igual para igual com as grandes economias mundiais está gerando bons resultados”, completa.
Principais países consumidores
Os Estados Unidos são os principais compradores globais do portfólio médico brasileiro, tendo adquirido, nos últimos cinco anos, mais de US$ 1 bilhão das fabricantes nacionais. Dentro do projeto, o país também se destaca como o principal comprador: no período, as empresas associadas ao BHD exportaram US$ 60 milhões para os norte-americanos.
Importante enfatizar que o continente americano, como um todo, tem boa relação comercial com o Brasil, sendo responsável, nos anos analisados, por 61,28% de todos os contratos externos das indústrias associadas ao projeto BHD. Destacam-se também a Ásia, que representou 16,84%, e Europa, 14,30%.
Mercados-Alvo
O Brazilian Health Devices é renovado a cada biênio e, a cada renovação, é elaborada uma nova estratégia onde são apontados os mercados-alvos para aquele período. O time responsável pela condução do projeto identifica regiões com boas oportunidades comerciais para a indústria brasileira de dispositivos médicos e planeja ações diversas para levar a produção nacional para esses mercados.
“Essa definição é fundamental para o sucesso do BHD e, nos últimos cinco anos, conseguimos crescer em 33,43% as exportações das empresas associadas para estes mercados considerados prioritários, e em que realizamos ações”, explica Larissa.
Como exemplo, pode-se destacar a presença brasileira no mercado de saúde africano, trabalhado durante as últimas edições do convênio. “De 2018 para cá, 46,63% dos dispositivos médicos exportados pelo Brasil para a África foram de empresas associadas ao BHD, ou seja, aproximadamente metade do valor é referente às operações das fabricantes participantes do projeto”, diz a executiva.