A Associação Brasileira de Importadores e Distribuidores de Produtos para Saúde (ABRAIDI) é presença confirmada no Medical Conecta, solução da Medical Fair Brasil (MFB) para impulsionar o mercado de saúde nacional e colocar em discussão pautas para atualização dos players do setor. Em seus painéis, a entidade abordará dois temas atuais, cujos desdobramentos impactam a área da saúde, em especial o segmento de medical devices.
O primeiro debate terá como objetivo apresentar as principais propostas de Reforma Tributária em andamento, quais sejam (i) Criação da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e (ii) Proposta de Reforma do Imposto de Renda para pessoas físicas, jurídicas e investimentos financeiros, com enfoque nos riscos e impactos sobre o setor de dispositivos médicos.
A segunda palestra promoverá um debate sobre a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), cujas sanções administrativas terão sua vigência iniciada em agosto. A ideia é apresentar as especificidades do setor no tocante à tipologia e tratamento de dados pessoais, assim como entender as perspectivas da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) quanto ao tratamento das particularidades setoriais.
“A ABRAIDI avalia de forma muito estratégica a parceria com a MFB, já que a feira é uma essencial plataforma de eventos para a indústria médico-hospitalar no país. A Associação vê como uma importante forma de exposição para temas que envolvem o distribuidor, o importador e o fabricante de produtos para a saúde. Temas, por exemplo, como problemas que eles têm enfrentado, ao longo dos anos, como retenções de faturamento, glosas injustificadas e inadimplência praticadas por planos de saúde e hospitais”, fala o diretor-executivo da ABRAIDI, Bruno Bezerra.
Segundo ele, no momento em que ainda se vive uma crise sanitária no país, eventos online, como o Medical Conecta, são determinantes para se discutir problemas setoriais e buscar soluções comuns. Com o avanço da vacinação, a Associação acredita que, brevemente, será possível retornar aos encontros de forma presencial.
Ao jornalismo da MFB, o diretor-executivo destacou que os associados da ABRAIDI estão prontos para a retomada e ela já vem ocorrendo, porém, de forma irregular entre as regiões do país, o que ainda traz um grau significativo de fragilidade para empresas pequenas e médias.
“A pandemia impactou demais o setor de saúde, especialmente aquelas que não comercializam produtos relacionados ao enfrentamento da Covid-19. Além das distorções que se agravaram (retenções de faturamento, glosas injustificadas e inadimplência praticadas por planos de saúde e hospitais), o setor ainda enfrentou, no começo do ano, um aumento de alíquota do ICMS praticado pelo Governo de São Paulo, que subiu de 0 para 18% nas vendas para órgãos privados, associado aos problemas logísticos e elevação abrupta na cotação do dólar. Um cenário bastante complexo”, ressalta o diretor-executivo.
De acordo com ele, os ajustes já foram feitos e as empresas que seguem em operação foram as que conseguiram sobreviver durante a pandemia atuando fortemente na gestão, com corte de custos especialmente de pessoal e de estrutura física. As medidas de socorro adotadas pelo governo federal auxiliaram. Agora, a discussão precisa passar pela sustentabilidade da saúde, seja ela pública ou privada, o que deve envolver todos os atores dessa cadeia.
“A expectativa é sair da estagnação em que nos encontramos hoje. Para isso, temos que fazer um planejamento de médio e longo prazos, revelando a importância de sermos uma área que representa cerca de 9% do PIB do país. Precisamos atuar, mais fortemente, junto a área pública e participar de decisões que, muitas vezes, sendo equivocadas, chegam a inviabilizar nossos negócios. O governo brasileiro precisa de entidades fortes e o empresário da saúde tem muito para contribuir com o país”, finaliza Bezerra.
As inscrições para o Medical Conecta estão abertas. Cadastre-se gratuitamente agora mesmo em www.medicalconecta.com.br e não perca essa conexão.