Agilidade no atendimento de casos suspeitos permite diagnóstico precoce do câncer de próstata

O mês de novembro alerta para os cuidados com a saúde do homem. O câncer de próstata é o foco da campanha, que busca reforçar ações voltadas à prevenção e ao diagnóstico precoce.

Para manter os atendimentos de casos suspeitos de câncer de próstata durante a pandemia de Covid-19, a AMA Especialidades Jardim São Luiz, gerenciada pelo Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (CEJAM), zona sul de São Paulo, realizou contato por telefone com os pacientes, para verificar a existência de alteração do exame de PSA, indicado para detectar a doença.

Composto por uma equipe multiprofissional de urologistas, enfermeiros, assistentes sociais e farmacêuticos, o protocolo de próstata realizado pela unidade de saúde há cinco anos acompanha pacientes que apresentam resultados de exames alterados, com o objetivo de garantir que o homem receberá o encaminhamento adequado e possível tratamento de câncer de próstata, se diagnosticado.

Durante o período de pandemia, a AMA Especialidades Jardim São Luiz entrou em contato por telefone com 222 pacientes, que estavam com sua primeira consulta ao urologista agendada, destes 45 estavam com o exame de PSA alterado, 5 foram inseridos no protocolo de próstata e 1 diagnosticado com tumor maligno.

A assistente social da AMA Jardim São Luiz, Ariane Delarri, conta que o protocolo ajuda muitos pacientes a não desistirem dos cuidados com a saúde, além de viabilizar o diagnóstico precoce, que favorece a plena recuperação. “Telefonamos para os familiares e o próprio paciente a fim de checar todo o processo, como agendamento de exames e retorno ao urologista. Muitos idosos esquecem de dar continuidade ao tratamento e incentivamos a manutenção deste cuidado com a saúde masculina”, explica.

Raimundo Nonato Procopio, de 74 anos, é um dos pacientes inseridos no protocolo. “Os meus problemas com a próstata começaram quando apresentei dificuldade para fazer xixi. Eu sei que a maioria dos homens tem vergonha de falar sobre isso, mas é necessário acompanhar pensando no futuro e na saúde. Muita gente já morreu por isso e não quero fazer parte desta estatística”, conta. A agilidade do atendimento foi fundamental para o diagnóstico do paciente, que está prestes a iniciar o tratamento oncológico.

Redação

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