Artigo – Dr. Patch Adams e as sementes da medicina humanizada

Hunter Doherty “Patch” Adams nasceu em Washington, nos Estados Unidos, em 28 de maio de 1945. Ele sofreu grandes baques emocionais ao completar 17 anos de idade. Nessa época, em um curto período, Patch Adams perdeu o pai e foi abandonado pela namorada. Os dramas pessoais o lançaram em uma grande crise depressiva.

Para se recuperar, Patch tomou a decisão de se internar em uma clínica psiquiátrica. Enquanto tentava apenas cuidar da própria saúde mental, o jovem chegou à conclusão que viria a mudar não somente a sua vida, mas também os rumos da medicina. Ao se relacionar com outros pacientes da clínica, ele percebeu que tratar o próximo com amor e bom humor é o melhor jeito de esquecer os seus próprios problemas. Nesse momento, Patch Adams também fez uma promessa a si mesmo: ele nunca mais teria um dia ruim em sua vida.

Sempre firme em seus ideais, em 1971 Patch Adams formou-se em medicina na Universidade de Rockford. No ano seguinte, ele abriu o Instituto Gesundheit, uma instituição de saúde sem fins lucrativos localizada no estado de West Virginia, onde aplicou seus conhecimentos para humanizar ainda mais a medicina.

Desde muito jovem, o Dr. Patch Adams acredita que é impossível separar a saúde de um indivíduo da saúde de sua família e comunidade. Convicção que ele mantém até os dias de hoje, aos 77 anos. Ao combinar a busca pelo bom humor e o sorriso com um atendimento que valoriza a individualidade de cada ser humano, Patch Adams lançou as sementinhas do conceito da medicina humanizada, conceito que vem sendo cada vez mais difundido na área médica.

Lançado em 1998 e estrelado por Robin Williams no papel do protagonista, o filme “Patch Adams – O Amor é Contagioso” é perfeito para entender os impactos da visão de Patch Adams na área médica. Na história do filme, seja ao realizar o sonho de uma paciente já idosa de mergulhar em uma piscina feita de macarrão, ou ao utilizar um nariz de palhaço para animar as crianças em tratamento na ala de oncologia, o Dr. Patch Adams promove a retomada da afetividade no tratamento médico, que é a principal característica da medicina humanizada.

Apesar de ter tido vários pontos duramente criticados pelo Dr. Patch Adams, o filme não deixa de ser um ótimo exemplo de como a mudança nas perspectivas médicas pode trazer impactos diretos na recuperação do paciente.

Foto: Matheus Campos

 

 

Gabriel Redondano é Diretor-Presidente do GCA (Grupo Care Anestesia)

Redação

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