Algoritmo criado por brasileiros é medalha de ouro em desafio médico internacional de inteligência artificial

Criar uma ferramenta fazendo uso de técnica de inteligência artificial com aplicação na rotina médica foi o desafio lançado pela Sociedade Norte Americana de Radiologia (RSNA, em inglês) na primeira edição do RSNA Pneumonia Detection Challenge 2018, em Chicago, nos EUA.

A equipe formada por radiologistas, cientistas e engenheiro da computação da Dasa Medicina Diagnóstica, Fundação Instituto de Pesquisa e Diagnóstico por Imagem (FIDI), e a startup Iara Health conquistou a 10ª colocação geral, melhor posição entre equipes brasileiras e da América Latina, entre mais de 1.400 equipes do mundo todo. A equipe estará em Chicago para receber a medalha de ouro em 26 de novembro.

Para participar do desafio, o time DASA-FIDI-IARA trabalhou intensamente por um mês no desenvolvimento dos algoritmos, seguindo as regras e critérios estabelecidos pela RSNA. O grupo foi formado pelos médicos radiologistas Felipe Kitamura e Igor Santos, da Dasa e FIDI; José Eduardo Venson, Bernardo Henz e Álesson Scapinello, cientistas da computação e Daniel Souza, engenheiro da computação, ambos da Iara Health.

“O processo de criação dos algoritmos exigiu habilidades de organização, já que tínhamos um time com diferentes competências técnicas, trabalhando em tempo integral; de disponibilidade do poder computacional, para processar os algoritmos de inteligência artificial, e de desenvolvimento e adaptação das técnicas de inteligência artificial para processamento de imagens médicas”, conta Felipe Kitamura, head do Laboratório de Inteligência Artificial da DASA.

O concurso foi aberto a indivíduos, grupos ou empresas de diferentes profissões interessados em desenvolver uma ferramenta capaz de identificar com melhor nível de acurácia e precisão a incidência de pneumonia, a partir de uma radiografia de tórax. Para tanto foi fornecido um banco de dados com 25 mil radiografias com e sem pneumonia.

“O desafio reforça a qualidade científica de todos os participantes e, principalmente, uma nova cultura de fazer ciência, com compartilhamento dos resultados com o mundo todo. Com a ciência aberta as construções se tornam comunitárias. Agora, nosso desafio é aplicar na prática clínica os achados”, explica Igor Santos, consultor de inteligência artificial da DASA e radiologista do FIDI.

O resultado completo do RSNA Pneumonia Detection Challenge 2018 está disponível em: goo.gl/uVuvNY

Redação

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