Alta demanda hospitalar é sustentada por investimentos contínuos do setor

Segundo dados publicados pela Agência Nacional de Saúde (ANS) no Boletim Covid-19 – Saúde Suplementar, em 22 de abril, com o aumento e agravamento dos casos de Coronavírus, a taxa de ocupação de leitos para atendimento à Covid-19 alcançou, no primeiro trimestre de 2021, o maior índice desde o início da pandemia. Os leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), especificamente, atingiram 80% de ocupação em março.

A taxa de ocupação de leitos gerais (comum e UTI) para Covid-19 e demais procedimentos variou de 68% a 76%, no primeiro trimestre de 2021, atingindo o maior índice dos dois anos correntes desde fevereiro de 2019. Na comparação com os últimos meses de 2020, é possível perceber uma curva crescente na taxa de ocupação, seguida de leve queda em dezembro, ainda de acordo com os dados da ANS.

O país vive o momento mais agudo no enfrentamento da pandemia do Coronavírus, o setor da saúde suplementar tem se empenhado para garantir o atendimento com qualidade aos mais de 47 milhões de beneficiários.

“No primeiro trimestre deste ano, vivenciamos a maior demanda por atendimentos devido à Covid-19 e o uso recorde das estruturas hospitalares, uma vez que, além dos efeitos da pandemia, foram realizados procedimentos eletivos quase que em sua normalidade”, contextualiza Renato Casarotti, presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge). “Os investimentos realizados e o trabalho ininterrupto junto às operadoras, associações, entidades e governos para solucionar as adversidades têm nos dado sustentação para assegurar o cuidado dos nossos pacientes. Os desafios são diários e buscamos alternativas para cuidar do nosso bem maior, a vida”, complementa.

Desde o início da pandemia, as operadoras associadas à Abramge investiram R$ 200 milhões no atendimento aos beneficiários. Ao todo, foram mais de 2,8 mil novos leitos clínicos e de UTI, incluindo antecipação da inauguração de hospitais inteiros, além da contratação e do treinamento de 10 mil profissionais para suprir a demanda, cada vez maior.

As operadoras também cederam 800 leitos ao Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de editais de hospitais de campanha ou em comodato, modelo em que há empréstimo da infraestrutura, além de contribuírem com R$ 50 milhões, totalmente revertidos para auxílio da população e a aquisição de materiais, exames, EPIs e medicamentos para a rede pública.

Com a falta de insumos e de medicamentos utilizados para manter os pacientes anestesiados e intubados, a Abramge e demais entidades do setor buscaram, com apoio da Anvisa, soluções para agilizar o abastecimento a partir da importação do chamado ‘kit intubação’.

Nesse momento, é fundamental a população estar atenta e seguir as orientações das autoridades de saúde. Em caso de sintomas, o paciente deve buscar orientações médicas, quando possível via telemedicina, para dar início ao tratamento mais adequado o quanto antes e não esperar o agravamento do quadro de saúde.

Redação

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