Começou em 27 de fevereiro mais uma etapa da campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil, em que as pessoas estão sendo vacinadas com o reforço do imunizante bivalente da Pfizer.
Segundo o informe técnico operacional divulgado pelo Ministério da Saúde, nesta primeira fase, serão imunizadas as pessoas acima de 70 anos, pessoas que vivem em instituições de longa permanência (ILP), pacientes imunocomprometidos e comunidades indígenas, ribeirinhos e quilombolas.
Em seguida, serão imunizadas as pessoas com mais de 60 anos, gestantes e puérperas, pessoas com deficiência, população privada de liberdade e os trabalhadores da saúde. Estados e municípios podem definir seus próprios calendários. Por isso, vale checar as datas antes de se deslocar para o posto de saúde.
Esta vacina é uma atualização em relação aos primeiros imunizantes fabricados contra a Covid-19 e protege contra a cepa original do Coronavírus e as subvariantes ômicron.
O objetivo do reforço com a bivalente é expandir a resposta imune específica à variante Ômicron e melhorar a proteção da população. A meta é vacinar 90% da população-alvo até o dia 17 de abril.
Demais grupos
Além dos grupos prioritários, o ministério também quer intensificar a campanha com a vacina monovalente para os maiores de 12 anos. A ideia é aumentar a cobertura vacinal nesses outros públicos. A recomendação é:
– Uma dose de reforço para quem tem até 40 anos.
– Duas doses de reforço para quem tem mais de 40 anos.
A Pfizer, assim como a Anvisa, reforça que a vacina monovalente original continua sendo importante instrumento no combate à Covid-19.
Quem são os imunossuprimidos?
As pessoas com baixa imunidade são chamadas de imunossuprimidas ou imunocomprometidas:
– Pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea;
– Pessoas com HIV e CD4 <350 células/mm3;
– Pessoas com doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida;
– Pessoas em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias;
– Pessoas com neoplasias hematológicas, como leucemias, linfomas e síndromes mielodisplásicas;
– Pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses.
Os imunossuprimidos são todas aquelas pessoas que recebem ou receberam tratamento que mexe com o sistema imunológico ou que têm alguma doença que deprime o sistema imunológico.
A vacinação é um ato de cuidado consigo e com todos ao seu redor. Vamos aderir à nova oportunidade e aumentar nossa proteção contra a Covid-19.
Isabela Pinheiro é oncologista. Formada em Oncologia Clínica pelo Hospital Puc Campinas, membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e membro do corpo de oncologistas clínicos do Grupo SOnHe