O ano de 2020 entrou para a história da humanidade como o período mais complexo já enfrentado, com adversidades em todos os campos e impacto maior até do que a gripe espanhola de 1918. A pandemia do novo Coronavírus se impôs sobre qualquer planejamento, colocando à prova a capacidade de as empresas e profissionais se reinventarem e responderem estrategicamente a situações até então sem paralelo, distintas de tudo o que conhecemos e vivenciamos antes dessa crise global.
Diante desse cenário tão desafiador, a comunicação assumiu o protagonismo na busca pela verdade, pela informação precisa, ganhou espaço e ampliou seu alcance em meio à crescente maré de notícias falsas e negativas, em especial na área da saúde. Nunca se debateu tanto sobre reinvenção, ao ponto de popularizarmos a expressão “o novo normal”. A busca por este “novo” tornou-se tão incessante e urgente que desencadeou uma imensa onda de ansiedade e angústia. Obrigou empresas e profissionais a se repensarem rapidamente para acompanhar as severas mudanças impostas pela pandemia – saíram na frente aqueles que, com perspicácia, observaram os acontecimentos em países asiáticos, já no princípio de 2020, e se prepararam para o momento em que o vírus chegasse em território nacional, o que aconteceu em questão de semanas.
Para os profissionais de comunicação e marketing, coube a árdua tarefa de manter a fluência de todo o processo de comunicação, alimentando as equipes com boas e, quando fosse o caso, más notícias, todas necessárias, e devidamente contextualizadas quanto às providências que a instituição viria a tomar para fazer frente cada situação. Como dialogar mantendo a distância e como aproximar sem aglomerar são apenas algumas das questões que, pouco a pouco, fomos respondendo e disseminando. Inegável que o ambiente on-line consolidou seu espaço e provou sua contribuição para o alargamento das fronteiras e a conexão entre as pessoas. Manter as pessoas conectadas e alinhadas com a mensagem que se deseja emitir, é um desafio diário – no virtual, muitas são as facilidades, porém diversos os ruídos entre o emissor e o receptor.
Em síntese, entendemos que sairemos fortalecidos desta crise, mais conectados e empáticos.
Gizele Leivas é head de Comunicação e Marketing do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC)