Artigo – Enfermagem: dedicação, empatia e cuidado

A enfermagem é considerada a base de toda assistência à saúde no mundo. No Brasil, é a categoria mais expressiva no segmento, com 77% do contingente dos profissionais do sistema de saúde. Representam 2,4 milhões de trabalhadores, sendo 75% desse grupo formado por auxiliares e técnicos e 25% por enfermeiros.

A pandemia de Covid-19 lançou uma luz sobre esses profissionais que se expuseram na linha de frente, arriscando a própria vida em prol do compromisso com a população.

Mas, muito antes desse cenário mundial tão desafiador, os profissionais da enfermagem já estavam presentes em todos os tipos de serviços públicos e privados. Eles atuam na atenção primária, secundária e terciária, apoiam os serviços de diagnósticos e estão na porta de entrada da emergência, no atendimento pré-hospitalar e nos cuidados paliativos, além de   desempenhar importante papel como pilares da saúde mental.

Estão em serviços de telemonitoramento, trabalhando desde a assistência direta até a gestão. São essenciais nos programas de imunização, aplicando as vacinas, por exemplo, além de fundamentais nas etapas de planejamento, organização, provisão de recursos e de estrutura, nas mais diversas instituições. É a equipe que lidera os programas de educação em saúde. Sem a enfermagem, o Sistema Único de Saúde (SUS) não seria possível.

No segmento de home care, são responsáveis por todo o ciclo do paciente, atuando na assistência direta domiciliar, na capacitação de cuidadores, na elaboração do plano de cuidados, na avaliação inicial e determinação do programa de atendimento domiciliar individual, no acompanhamento e monitoramento dos casos, organizando relatórios à equipe multiprofissional que atende os pacientes, análise financeira e relacionamento com clientes. No cenário pandêmico, foram protagonistas também por prestarem apoio à desospitalização de pacientes em reabilitação pós-Covid, garantindo segurança e carinho no retorno ao lar.

Na AssistCare, empresa voltada à assistência domiciliar com unidades nos estados de Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, a enfermagem representa 68% dos colaboradores e todos os cargos de liderança, que vão desde a educação permanente à responsabilidade da gestão geral da unidade, que é exercida por enfermeiras.

Aliás, a história dessa profissão é fortemente atrelada às mulheres, um reflexo do fato de que cuidar se tornou uma atribuição feminina desde os primórdios. Hoje, 86% da categoria é composta pelo gênero feminino.

O Dia Mundial da Enfermagem, celebrado em 12 de maio, homenageia o aniversário da britânica Florence Nightingale, responsável por revolucionar e profissionalizar essa carreira.

Filha de um microbiologista, a jovem se destacou ao implantar métodos de tratamento e abordagens de cuidados em feridos de guerra, que foram precursores no século 19, salvando diversas vidas. Entre seus feitos, estão alguns considerados marcos no segmento, como a organização da primeira Escola Superior de Enfermagem e a primeira divisão de categorias ocupacionais, com a criação de Nurses (enfermeiras graduadas) e lady nurses (auxiliares).

Desde então, a enfermagem evoluiu no mundo todo em aspectos laborais, de ensino e pesquisa. Incorporou a utilização de métodos científicos para a resolução de problemas, estruturação teorias de enfermagem, a normatização da profissão, com a criação de regras de trabalho, código de ética e conselhos que regulam e norteiam as atividades. O conhecimento e atuação se ampliaram, o que possibilitou mais qualidade de vida e saúde à humanidade.

Passados dois séculos do nascimento de Nightingale, os princípios que compõem as raízes dessa profissão, como empatia, compaixão e dedicação ao próximo, permanecem vivos e devem perpetuar por novas gerações. Olhando para o futuro, ouso dizer que, onde houver um ser humano, haverá um profissional de enfermagem para cuidá-lo.

 

 

 

 

Rosana Vieira é Gerente nacional de operações da AssistCare 

Redação

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