Uma força-tarefa internacional, incluindo dois cientistas da computação da Universidade de Massachusetts Amherst, concluiu em uma nova pesquisa que as tecnologias de saúde móvel (mHealth) são uma opção viável para monitorar pacientes Covid-19 em casa e prever quais deles precisarão de intervenção médica.
As tecnologias – incluindo sensores vestíveis, dados eletrônicos relatados pelo paciente e rastreamento de contato digital – também podem ser usadas para monitorar e prever a exposição ao coronavírus em pessoas presumivelmente livres de infecção, fornecendo informações que podem ajudar a priorizar os testes diagnósticos.
O painel de 60 membros, com membros da Austrália, Alemanha, Irlanda, Itália, Suíça e EUA, foi liderado pelo professor associado da Harvard Medical School, Paolo Bonato, diretor do Laboratório de Análise de Movimento do Spaulding Rehabilitation Hospital, em Boston. Os membros da força-tarefa UMass Amherst Sunghoon, Ivan Lee e Tauhidur Rahman, ambos professores assistentes na Faculdade de Informação e Ciências da Computação, concentraram sua revisão em sensores móveis de saúde, sua área de especialização.
O estudo da equipe, “A tecnologia mHealth pode ajudar a mitigar os efeitos da pandemia de Covid-19?” foi publicado no IEEE Open Journal of Engineering in Medicine and Biology. “Ser capaz de ativar um grupo diversificado de especialistas com um enfoque tão singular mostra o compromisso de toda a comunidade científica e de pesquisa em lidar com esta pandemia”, disse Bonato. “Nosso objetivo é colocar rapidamente descobertas importantes nas mãos da comunidade clínica para que continuemos a desenvolver intervenções eficazes.”
“Investigamos cuidadosamente se as tecnologias poderiam ‘monitorar’ uma série de indicadores e sintomas óbvios de Covid-19 e se alguma liberação ou certificação das autoridades de saúde era necessária”, disse Lee. “Nós consideramos a facilidade de uso e a flexibilidade de integração com os sistemas eletrônicos hospitalares existentes. Em seguida, identificamos 12 exemplos de tecnologias que poderiam ser usadas para monitorar pacientes e profissionais de saúde.
O documento conclui: “Quando combinada com testes de diagnóstico e estado imunológico, a tecnologia mHealth pode ser uma ferramenta valiosa para ajudar a mitigar, se não prevenir, o próximo surto de casos Covid-19.”
Rubens de Fraga Júnior é Especialista em geriatria e gerontologia. Professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná