Artigo – O segredo da segurança na saúde é a tecnologia

O uso da tecnologia e a transformação digital vêm evoluindo de forma rápida a partir do século XXI e tais processos foram acelerados com o começo da pandemia da Covid-19. Isso aconteceu, principalmente devido às necessidades de readaptação às medidas impostas pelo isolamento social em todo o mundo e, sem dúvida, um dos segmentos que mais sentiu essa mudança foi o da saúde.

Muito além dos hospitais e planos de saúde que tiveram de acelerar a digitalização de seus processos, o chamado passaporte da vacina passou a ser um item fundamental para que a retomada da economia e dos contatos sociais fossem possíveis de uma forma segura.

Com a possibilidade de pacificar os dados a partir do cruzamento de informações e monitorar o status vacinal do cidadão, o passaporte da vacina tornou-se um grande aliado ao combate à disseminação do vírus da Covid-19 agora que passamos pela fase de retorno às atividades presenciais. Entretanto, ficam as perguntas: quais são as ações que estão sendo tomadas neste momento de estabilidade nos números? Estamos preparados para implementar tais mudanças comportamentais? A sociedade, como um todo, tem consciência da importância do monitoramento e controle sanitários por meio do passaporte da vacina?

Seja em shows, eventos, bares ou escritórios, ainda estamos em constante risco por não sabermos como a Covid-19 irá evoluir. Mesmo com o avanço da imunização no Brasil, com 64% da população com o ciclo da vacina completo, segundo último boletim divulgado pelo consórcio de veículos de imprensa. Um quadro que deixa explícito esse cenário de incertezas é a recente descoberta da variante Ômicron, que tem o dobro de mutações em relação à delta, e já se espalhou pelo mundo, colocando-nos novamente sob estado de alerta.

Diante disso, a prevenção hoje vai além de algo individual. Precisamos de ações coletivas, como monitoramento de dados vacinais e de testes, controle digital profilático das pessoas nas entradas de eventos e locais de trabalho, correlação e comparação de registros de vacinação e prontuários de saúde, acompanhamento próximo das empresas em relação a saúde dos seus profissionais, só para citar alguns que considero importantes.

Independente da época em que vivemos, a sociedade precisa compreender que a tecnologia é uma parceira para termos efetividade e assertividade nos processos de prevenção à saúde. Em especial agora que começamos a viver o desafio da retomada de grande parte dos setores econômicos, e fica cada dia mais difícil voltar à estaca zero.

O fato é que temos todas as ferramentas em nossas mãos, para gerar mais segurança sanitária e tranquilidade para a população. Agora, cabe a cada cidadão, a iniciativa privada e aos governos fazerem o bom e consciente uso das plataformas digitais, tornando-as acessíveis a todos e todas, em quaisquer regiões do planeta e, dessa maneira, uma possibilidade a mais de evitarmos um novo cenário extremo.

Reforçamos e defendemos que esse é o momento de investir na acessibilidade à tecnologia para a população e entender que as novas soluções colocadas à mesa no mercado são o segredo para a segurança sanitária quando se trata de saúde. E não esquecermos que, apesar de a pandemia ter despertado o olhar para essa questão, o controle vacinal sempre será importante e a digitalização do segmento veio para ficar.

Everton Cruz é CEO da empresa franco-brasileira Mooh!Tech, desenvolvedora da Tecnologia Chronus que possui, entre suas funcionalidades, um prontuário médico virtual. Com grande experiência na área tecnológica, o executivo tem formação em Tecnologia da Informação e Engenharia Aeroespacial pela Université de Montpellier e Toulouse Ynov Campus, na França, Seattle University, nos EUA, e Unibratec, no Brasil

Redação

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