Artigo – Para onde queremos ir?

Após ver a pandemia de Covid-19 levar o sistema de Saúde ao colapso, alguns países ao confinamento obrigatório, incluindo fechar regiões, comércio e interditar ruas, além da proibição de deslocamento e viagens não essenciais.

Portugal e Inglaterra, que hoje têm as taxas de contágio mais baixas da Europa, são exemplos de países que ampliaram as medidas de confinamento da população e reforçaram seus respectivos programas de imunização.

A redução das contaminações em Portugal passou de 16.432 ocorrências, em 28 de janeiro, para 979, da última quarta-feira, 3 de março. O número de mortes também segue em queda. Em 31 de janeiro, o país registrou 303 óbitos; em 3 de março, foram 41. Especialistas e o governo de Portugal informam que o confinamento não tem data prevista para ser encerrado.

Já na Inglaterra, segundo pesquisa divulgada pelo Imperial College, as infecções caíram em mais de dois terços, de 0,98 em janeiro para 0,72 até 18 de fevereiro. Só em Londres, os contágios diminuíram 80%, só em janeiro. O primeiro-ministro afirma que a saída do isolamento total deve ocorrer de forma gradual e lenta.

Vacinação

Em combinação com o confinamento obrigatório, os países reforçaram as campanhas de vacinação. Em fevereiro, Portugal já havia aplicado 885 mil doses de vacina, em uma população de 10 milhões de habitantes. E a Inglaterra, no mesmo período, ultrapassou a marca de 16 milhões de imunizados, ou seja, cerca de 25% da população.

O número de internados e de mortes são as principais mensurações do estado da pandemia. No Brasil, em sentido oposto a Portugal e Inglaterra, no dia 3 de março, o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) registrou 1.910 óbitos pela doença, no período de 24 horas.

Além de defender a ampliação da vacinação contra a Covid-19 urgentemente, e apoiar diversas iniciativas neste sentido, a Associação Paulista de Medicina e suas Regionais têm subscrito e produzido materiais com o objetivo de apontar caminhos e sensibilizar a população a tomar medidas mais efetivas para o combate à pandemia.

José Luiz Gomes do Amaral é presidente da Associação Paulista de Medicina (APM)

Redação

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