Associações oferecem consultas e exames gratuitos a refugiados

A Associação Beneficente Síria (ABS) – HCor, em parceria com a Associação Médica Líbano Brasileira (AMLB), realiza projeto de apoio a refugiados disponibilizando atendimentos médicos gratuitos.

O projeto de solidariedade concentra esforços para prestar assistência de qualidade a pessoas em situação de refúgio e vulnerabilidade socioeconômica no Brasil. A ideia da ação surgiu na AMLB diante do aumento de fluxo de refugiados no mundo todo, e no Brasil em particular, e foi ampliada com o apoio da ABS, em meados de 2019.

“Oferecemos consultas médicas de todas as especialidades e também odontológicas. Os atendimentos são realizados em diversos idiomas, além do Português – Árabe, Francês, Inglês e Espanhol -, garantindo a acessibilidade e boa comunicação com os pacientes”, explica Robert Nemer, presidente da AMLB.

De acordo com Vera Chadad, presidente da ABS, a iniciativa oferece ainda exames de imagem gratuitamente para pessoas de países como Síria, Líbano, Haiti, Venezuela e outros. “Abrimos as portas de consultórios e de toda estrutura de atendimento nas instalações do HCor, quinzenalmente, aos sábados, com equipe médica voluntária da AMLB”, explica.

Ao longo dos anos de 2019 e 2020, as Associações realizaram 522 atendimentos, entre consultas clínicas e exames, tais como: ecocardiograma, eletrocardiograma, tomografia, raios X, densitometria óssea e holter. Nos primeiros quatro meses de 2021, foram 67 teleatendimentos, 32 consultas presenciais e 25 exames. Em seguida, o projeto passou por uma pausa por conta da pandemia de Covid-19, sendo retomado no início deste mês.

Agora, a expectativa da ABS é poder ampliar o número de atendimentos com o apoio de doações externas. “Como se trata de uma iniciativa filantrópica, também estamos movendo esforços para captação de recursos de pessoas e empresas que possam e queiram ajudar. Nosso intuito é conseguir aumentar a oferta em saúde para os refugiados, em mais de 15 especialidades médicas, beneficiando cada vez mais pacientes”, comenta Vera.

Os pacientes atendidos são encaminhados por ONGs que atuam com refugiados, dentre elas: Compassiva, Missão Paz, Padre Ziad, Cada de Passagem e Liga Juventude.

Segundo dados divulgados no primeiro semestre de 2020 pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare), em junho do ano passado, o Brasil registrava cerca de 43 mil pessoas reconhecidas como refugiadas. O número representa mais de sete vezes o registrado no início de dezembro de 2019, quando havia cerca de 6 mil pessoas em situação de refúgio no país. A nacionalidade com maior índice de pessoas refugiadas reconhecidas, entre 2011 e 2019, é a venezuelana, seguida dos sírios e congoleses.

Os interessados em contribuir com o Projeto Social de Apoio aos Refugiados podem acessar a página de Responsabilidade Social no site do HCor, para saber mais informações.

Redação

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