O total de beneficiários de planos médico-hospitalares cresceu 0,5% entre fevereiro de 2019 e o mesmo mês do ano anterior, um aumento de 220,3 mil vínculos. Os números integram a última edição da Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB), do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). “O resultado está claramente apoiado no avanço do total de postos de trabalho formal no País. No mesmo período analisado pela NAB, o Caged aponta um saldo de 173,1 mil novos postos com carteira assinada”, analisa Luiz Augusto Carneiro, superintendente executivo do IESS, lembrando os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho.
O executivo explica que mesmo que o ritmo de retomada do mercado de trabalho formal esteja abaixo daquele previsto na mesma época de 2018, o avanço constante desse indicador tem uma influência muito positiva sobre a economia como um todo. “A criação de novas vagas influencia a renda das famílias, sua capacidade de consumo, de acessar crédito e mesmo a confiança da população”, argumenta. “Com isso, é natural que as pessoas que se viram obrigadas a deixar o plano ao longo dos últimos quatro anos comecem a recontratar o serviço. Especialmente porque este é um dos três maiores desejos do brasileiro, após educação e casa própria”, completa Carneiro. O dado vem da pesquisa de “Avaliação dos Planos de Saúde” IESS/Ibope.
O resultado foi impulsionado pelos números do Estado de São Paulo, que teve 136,9 mil novos vínculos firmados nos 12 meses encerrados em fevereiro deste ano. Alta de 0,8%. O Estado conta com 17,3 milhões de beneficiários de planos médico-hospitalares, o que representa mais de um terço (36,4%) do total do país.
Por outro lado, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais continuam enfrentando resultados negativos. Juntos, os três estados registraram o rompimento de 81,9 mil vínculos. “Os números desses três Estados, apesar de negativos, reforçam a ligação entre o cenário econômico nas Unidades da Federação e a contratação de planos de saúde”, avalia Carneiro. “Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul são, justamente, aqueles com a pior situação fiscal segundo relatório recente da Tendências Consultorias”, comenta.
No mesmo período, o segmento de planos exclusivamente odontológico registrou 1,5 milhão de novas contratações. Com o aumento de 6,4%, o segmento já contabiliza 24,4 milhões de beneficiários.