Batman do Brasil humaniza ação social e motiva pacientes com câncer a enfrentar tratamento

Crédito: Zanetta Photography

O mês de julho está na cor verde! Verde de esperança e confiança, já que é o mês para reforçar a conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço. Em mais um ano, a SBCCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço), intensifica suas ações sobre a importância da detecção precoce desse tipo de doença, que pode alcançar até 90% de cura se tratado precocemente.

A importância dessa massificação ajuda, e muito, a salvar vidas. Graças a essas informações, segundo a SBCCP, a população está cada vez mais consciente de que as chances de cura do câncer são muito maiores para os casos diagnosticados com antecedência.

Mas, para os pacientes que precisam de um tratamento por mais tempo, muitas vezes, a visita de uma pessoa especial e a humanização em trabalhos sociais fazem toda a diferença. Há 15 anos, Cristiano Zanetta, mais conhecido como o Batman do Brasil, é um grande exemplo de reinvenção dessas ações que atendem crianças, jovens e adultos em tratamento contra o câncer e no estágio de depressão, por todo País.

A história de vida de Cristiano começou a ser definida a partir de suas vivências na infância, entre elas, um incêndio dentro de sua casa, o diagnóstico da dislexia e três cânceres enfrentados pelo seu pai. Diante disso, o trabalho social começou após uma promessa de Cris ao seu pai em motivar pessoas a continuarem lutando pelas suas vidas, utilizando a armadura do Batman, pois entendeu como o herói lidava com seus desafios.

“O Batman não tem superpoderes e mesmo assim, consegue salvar o mundo. Todos podem fazer a diferença e eu faço meu trabalho para motivar o paciente a enfrentar momentos extremamente difíceis, de uma forma corajosa e decidida”, detalha Cristiano.

Crédito: Zanetta Photography

“Todo tratamento contra o câncer é necessário e às vezes, o paciente não enxerga que isso pode salvá-lo. Então, meu trabalho é fazer com que ele recupere essa força e continue lutando com o tratamento para combater a doença”, completa Cris, que lembra que foi a única pessoa do Brasil a entrar em hospitais mesmo durante a pandemia.

Durante o primeiro tratamento de seu pai, Cris, conversando com os médicos, descobriu que a depressão está entre um dos estágios do tratamento contra o câncer. “Ao todo, são cinco estágios que o paciente pode enfrentar, que são a negação, raiva, barganha, depressão e a aceitação. Nosso trabalho é motivar, nesse estágio da depressão, a persistir com o tratamento e mostrar que existe esperança para aquela pessoa”, finaliza Zanetta.

Ainda como importante alerta para o mês, de acordo com a SBCCP, a estimativa do Inca (Instituto Nacional do Câncer) para 2022, é de que podem surgir 36.620 novos casos de câncer de cabeça e pescoço, incluindo, nesse total, os tumores de boca (cavidade oral), laringe e tireoide, como resultado do tabagismo, consumo excessivo de álcool, exposição ao sol sem uso de protetor labial ou infecção por HPV (Papolomavírus Humano).

Para reforçar esta importante data, a sociedade participou, em 2014, na cidade de Nova Iorque (EUA), da escolha do dia 27 de julho como data de conscientização sobre o câncer de cabeça e pescoço. Este ano, o mês de julho foi oficialmente instituído em todo o território brasileiro, pela Lei nº 14.328, de 20 de abril de 2022, como o Mês Nacional do Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço.

Redação

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