Embora o movimento pela busca de qualidade no setor de medicina diagnóstica tenha se consolidado nos últimos anos, a transformação digital é hoje o grande diferencial dos laboratórios. A correlação entre investimentos em tecnologias que ajudam a aprimorar a experiência do paciente e o sucesso dos laboratórios ficaram evidentes no estudo ‘Benchmark Shift 2021: Radar da Medicina Diagnóstica’, que ouviu um grupo de laboratórios que fazem parte da base de clientes da Shift – empresa especializada em Tecnologia da Informação (TI) para medicina diagnóstica – e que juntos realizam mais de 75 milhões de exames por ano. Os laboratórios com maior faturamento, aparentemente, apresentam processos mais ágeis de atendimento, registrando um tempo médio na recepção de nove minutos, além disso, os que possuem aplicativos para seus pacientes mostraram que possuem um tempo de atendimento 50% mais eficiente dos que não possuem.
“As organizações que estão utilizando os recursos digitais, desde o primeiro momento de contato com o paciente, antes do exame e também no momento do atendimento presencial, automatizando os processos sem perder a humanização, que é uma característica forte do setor de saúde, conseguem não só atender mais rápido, como também fidelizar os pacientes. O mesmo vale para quando paciente vai para casa esperar os resultados, os laudos, o fato de todos os processos internos estarem mais automatizados e embasados em inovações, promovem não só uma maior interação entre paciente e laboratório como também colabora para o aumento da qualidade”, ressalta Marcelo Lorencin, CEO da Shift.
O setor de medicina diagnóstica vem passando por profundas transformações, impulsionadas por novas tecnologias e ferramentas que viabilizam o processamento de exames de forma mais eficiente, segura e em maior escala. Ainda segundo o ‘Benchmark Shift 2021: Radar da Medicina Diagnóstica’, 49% dos laboratórios já disponibilizam plataforma mobile de atendimento para os pacientes e 37% pretendem implementar a estratégia digital para relacionamento com seus clientes. E a tendência é que isso continue, pois 42% dos respondentes pretendem atuar de alguma forma para melhorar a experiência do paciente em 2021.
Também é crescente o número de laboratórios usando soluções de verificação automatizada que permitem liberar os exames de forma mais ágil e segura, com o apoio de scripts lógicos que avaliam o índice de variação biológica, a comparação de exames para checar a compatibilidade, entre outras possibilidades. 43% é o percentual médio do volume de exames liberados automaticamente através do Shift LIS, módulo da Shift que tem essa funcionalidade. Mais da metade dos laboratórios liberam mais de 50% dos exames através de verificação automatizada e os maiores índices fixaram-se acima de 80%.
Além disso, tecnologia e equipamentos estão entre as áreas apontadas como as mais maduras dentro das organizações do setor de medicina diagnóstica, sendo que a grande maioria dos respondentes, mais de 90% já realizou ou tem projetos desta natureza previstos para serem implementados em 2021; e mais de 40% pretende abrir ou modernizar unidades este ano.
“Se olharmos para o lado tecnológico, com a aceleração exponencial das tecnologias digitais, inteligência artificial, Analytics e ciência de dados e muitas outras, nunca houve na história da medicina avanços tão rápidos em tão curto espaço de tempo. Por outro lado, também houve uma mudança de perfil e conceitos, comportamento dos pacientes e médicos, a expansão da jornada do paciente, a quebra de fronteiras, o cuidado da saúde. A verdade é que a cada dia nos surpreendemos com inovações que mudam nossa maneira de ver a medicina e o setor de medicina diagnóstica tem que estar cada vez mais preparado para essa transformação digital. Quem ainda não está apostando em novas tecnologias tem que parar e pensar a respeito”, finaliza Lorencin.
Convém ressaltar que a amostra que participou da pesquisa representa cerca de 20% dos exames feitos pelos laboratórios de médio porte do país, refletindo a realidade do setor de medicina diagnóstica, que não é constituído somente pelas grandes redes. Atualmente dos 916 milhões de exames realizados pela saúde privada, cerca de 516 milhões são processados pelos maiores laboratórios, segundo a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (ABRAMED).