Câncer de pele: evolução em técnicas de remoção de tumores e reconstrução melhora prognóstico

Uma pinta no nariz foi o primeiro sinal de alerta para Atair, de 61 anos, diagnosticado com carcinoma basocelular (CBC) em 2015. “A mancha era diferente das pintas comuns, coçava e não cicatrizava, por isso achei estranho e procurei um dermatologista.”

De acordo com o cirurgião plástico da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo Dr. Flávio Marques, o caso de Atair reflete a realidade das estatísticas. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que a doença é responsável por mais de 180 mil novos diagnósticos por ano, sendo mais frequente entre os brasileiros e responsável por 30% dos cânceres diagnosticados no país.

Classificado entre dois tipos – melanoma e não melanoma –, dependendo do seu tipo histológico, o câncer de pele pode ter altos índices de cura quando diagnosticados e tratados precocemente.

“A busca por uma avaliação permitiu que Atair recebesse o diagnóstico em estágio inicial”, relata o especialista. Ele explica que o tipo não melanoma (carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular) representa cerca de 94% do total de casos de câncer de pele, acometendo principalmente pessoas com mais de 50 anos, de pele e olhos claros.

“A exposição crônica ao sol é a principal causa deste tumor, que pode se manifestar em qualquer parte do corpo, com maior frequência na pele do rosto e pescoço, que são as áreas comumente mais expostas”, destaca Dr. Flávio.

O tipo melanoma, por sua vez, embora com maior índice de mortalidade, é menos frequente. “Apesar de o diagnóstico de melanoma normalmente trazer mais medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura aumentaram consideravelmente nos últimos 20 anos, pela detecção precoce da doença”, afirma o médico do Hospital São Camilo.

Segundo ele, a evolução da ciência em tratamentos e cirurgias de remoção e reconstrução possibilita resultados cada vez mais eficazes.

Evolução em diagnósticos e tratamentos

O São Camilo Oncologia foi pioneiro na implantação de um exame capaz de analisar profundamente pintas e sardas e realizar um mapeamento corporal total, permitindo detectar precocemente e evitar a progressão do câncer. No caso de Atair, Dr. Flávio realizou um exame de congelação peri-operatório para garantir margens livres de acometimento pela neoplasia.

A partir daí, o aperfeiçoamento constante das técnicas de reconstrução possibilita, atualmente, que a pele do paciente se aproxime o máximo possível da normalidade.

O cirurgião plástico explica que, ao remover o tumor, toda a área ressecada precisa ser reconstruída adequadamente. “Isso é importante não apenas na questão da saúde física do paciente, mas também para o resgate da sua autoestima e bem-estar”, ressalta.

“Quando soube que teria que remover o tumor, tive muito medo de como ficaria meu rosto, mas o resultado me surpreendeu. Tenho uma pequena marca, mas me sinto como se nunca tivesse tido câncer”, comemora Atair.

Já para pacientes que não podem ser submetidos à cirurgia, o tratamento é feito por outras modalidades terapêuticas. “Além dos tratamentos já utilizados para tratar carcinoma basocelular, em março deste ano, a Anvisa aprovou uma medicação que representa a esperança para pacientes cuja doença continuou progredindo mesmo após o uso das estratégias tradicionais”, finaliza o médico.

Dezembro Laranja

Com o objetivo de ampliar a discussão e conscientizar a população sobre a importância da prevenção ao câncer de pele, a Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo apoia a campanha Dezembro Laranja iluminando suas fachadas durante todo o mês.

Durante a campanha, a Instituição também fará divulgações voltadas a seus colaboradores, através dos canais internos. Já o público geral poderá conferir informações sobre prevenção, diagnóstico e formas de tratamento nas redes sociais da Rede.

Redação

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