O médico cardiologista Marcelo Queiroga será o novo ministro da Saúde. Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), será o quarto titular da pasta na pandemia e assume no pior momento da crise sanitária, com recorde de mortes e do número de Estados com sistemas de saúde colapsados ou próximos ao colapso. Ele substituirá o general Eduardo Pazuello.
Queiroga é médico há mais de 30 anos, graduado pela Universidade Federal da Paraíba. Hoje, ele cursa doutorado em Bioética na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, em Portugal. Ele também é diretor do Departamento de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (Cardiocenter) do Hospital Alberto Urquiza Wanderley, em João Pessoa, na Paraíba.
Sociedade Brasileira de Cardiologia se manifesta
Leia abaixo o comunicado emitido pela SBC:
A diretoria da Sociedade Brasileira de Cardiologia parabeniza seu presidente do biênio 2020-21, Dr. Marcelo Queiroga, por sua indicação como Ministro da Saúde.
A cardiologia brasileira é uma das maiores e mais respeitadas do mundo pelo seu alto padrão na assistência aos pacientes, pela qualidade dos seus pesquisadores, por seus projetos sociais e por seu compromisso com a atualização e educação continuada dos cardiologistas do Brasil. Temos orgulho em ver um médico de nossa especialidade assumindo tão importante missão. Em sua gestão, Queiroga foi incansável e transformou a SBC, da mesma forma que, estamos certos, fará com a saúde do país.
A vigilância permanente e a obediência à ciência sempre foram, e sempre serão, compromissos da Sociedade Brasileira de Cardiologia.
Estamos todos juntos! Juntos contra o Coronavírus! Juntos pela saúde do povo brasileiro!
Boa sorte, amigo Marcelo. Boa sorte, Sr. Ministro.
Troca de ministros na pasta da Saúde movimenta Twitter, segundo monitoramento
A troca de nomes no Ministério da Saúde tem sido um dos temas mais comentados no Twitter nos últimos dias. Para entender o sentimento dos brasileiros na rede social sobre a saída do general Eduardo Pazuello e a chegada de Marcelo Queiroga para assumir a pasta, a Knewin, maior PRTech da América Latina, analisou 91.197 tuítes entre 14 e 16 de fevereiro.
A ferramenta utilizada para o estudo foi a Knewin Social, que indicou um pico de menções no dia 15/03, data da definição de Queiroga como novo Ministro da Saúde, com mais de 63 mil tuítes. Pazuello foi mencionado mais de 25 mil vezes, enquanto o Ministério da Saúde foi citado em mais de 19 mil tuítes entre domingo (14) e terça (16).
Quanto às hashtags mais utilizadas sobre o assunto, aparecem: #bolsonarogenocida (2.850 tuítes), #patriotasnasruas (2.767 tuítes) e #forabolsonaro (1185 tuítes). Entre as contas mais mencionadas aparecem o jornalista da CBN @leandrogouveia (4.317 tuítes), @jairbolsonaro (2.091 tuítes) e @globonews (1.776 tuítes).
Os assuntos com mais destaque foram a pressão do chamado “centrão” – bloco de parlamentares da Câmara formado por partidos de centro e centro-direita – para terem prioridade na indicação do novo nome para ocupar a gestão do Ministério da Saúde. Também foram feitas críticas ao trabalho feito por Pazuello, citando a postura negacionista diante da situação da pandemia no país. Outro assunto comentado envolveu aos candidatos ao cargo, em especial a recusa da médica Ludhmilla Hajjar em aceitar o convite para ser a nova ministra da Saúde.
Em relação ao novo Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, os assuntos com mais destaque foram: críticas à aproximação do político com a família Bolsonaro, o fato de Queiroga defender a vacinação em massa e menções sobre a posição do ministro de descartar o lockdown como medida de combate à pandemia. Além disso, os brasileiros também comentaram sobre o cenário que o novo ministro pode enfrentar em razão do negacionismo da ciência na gestão da pandemia no país.