CEO fala sobre a adaptação de profissionais a telemedicina

A pandemia do novo Coronavírus fez com que pessoas do mundo inteiro se adaptassem a uma realidade completamente nova, realizando de dentro de suas casas o que estavam acostumados a fazer em outras localidades.

Isso fez com que vários segmentos comerciais crescessem, especialmente a telemedicina, onde pacientes são atendidos sem a necessidade de locomoção com a ida a hospitais ou clinicas. A Telehybrida conecta equipes de saúde capacitadas para atendimentos remotos com os seus pacientes, e hoje é uma das referências nesse segmento de atuação.

Dra. Ana Vicenzi, médica e fundadora da startup de inteligência na construção de serviços em telessaúde, conta um pouco sobre como essa área pode impactar positivamente o ramo da saúde. “Os pacientes estão cada vez mais querendo comodidade, experiência e prevenção. Eu aposto na telemedicina como dos pilares fundamentais da saúde 4.0, assim como a genômica, internet das coisas e a inteligência artificial nos ajudando a prevenir e melhorar desfechos através da análise de dados. A medicina vai ser precisa, tecnológica e acaba cada vez mais na casa do paciente, cada vez mais longe dos hospitais”, declara a especialista.

A facilitadora alerta que a comunidade médica precisa estar atenta a novas tecnologias e formas de tratamento, visando o bem estar de seus pacientes. “A classe precisa entender que só o conhecimento técnico não é suficiente pra você ter uma carreira de sucesso dentro da medicina. Devemos colocar esses conteúdos nas faculdades, nas pós-graduações, fomentando conhecimentos de inovação e tecnologia na medicina. É estar aberto novo e entender que o que a maneira de ser médico há trinta anos atrás não é maneira de ser médico hoje”, reforça.

Segundo a médica, a maioria das healthtechs no Brasil são startups jovens e que visam prestar serviços diretamente para clinicas e hospitais, no esquema B2B. Fazendo com que esses centros médicos não precisem buscar soluções por conta própria.

Sobre os principais desafios para os médicos, Dra. Ana diz que é importante que especialistas ampliem sua zona de conhecimento, adicionando novas técnicas que são apoiadas pela tecnologia. “Hoje varejo, bancos, agro, todos os setores da economia estão se digitalizando, e a saúde não pode ficar de fora. Nós temos tecnologia em abundância, o que acaba barateando esse tipo de segmento, gerando novos modelos de negócio que exigem uma nova maneira de gestão. Na saúde não é diferente. Então se o médico não se adequa as novas tecnologias, ele não entende os novos modelos de negócio”, ressalta a especialista em telemedicina.

A fundadora da Telehybrida deixa claro que essas inovações não são puramente pela tecnologia, mas sim pelo bem estar de cada paciente. “A inovação não é apenas sobre tecnologia. É sobre experiência, sobre gerar valor e resultado pra aquele paciente. Como eu posso cuidar melhor do meu paciente? A tecnologia e as inovações se tornam um meio pra você fazer isso. Não é sobre ter um prontuário eletrônico, é sobre o bem estar do paciente, ter o histórico de saúde registrado, ter menores chances de erros, além de uma amostragem dos dados do paciente de uma maneira estruturada em um ambiente mais tecnológico”, finaliza a CEO.

Redação

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