Procedimento minimamente invasivo (sem cortes), menor taxa de hemorragias e sangramentos, recuperação mais rápida com retorno precoce às atividades diárias, resultados imediatos e mais duradouros, redução do tempo de utilização de sonda no pós-operatório e alta hospitalar habitualmente em até 24 horas. Estes são alguns dos benefícios da técnica cirúrgica denominada HoLEP (Enucleação Endoscópica da Próstata com Holmium Laser) no comparativo com os métodos convencionais.
Este procedimento pioneiro foi executado recentemente no Hospital Unimed Chapecó (SC). A HoLEP é considerada mundialmente como a técnica mais moderna para Hiperplasia Benigna da Próstata (BPH) – popularmente conhecida como aumento benigno da glândula. As duas primeiras cirurgias de próstata utilizando laser de alta potência foram realizadas pelos médicos urologistas Dr. Marcelo Zeni, Dr. Thiago Hota e Dr. Eduardo Miranda.
A técnica cirúrgica é indicada para homens com dificuldades para urinar em função da próstata aumentada, que pressiona a uretra e bloqueia o fluxo urinário. “Essa condição é muito comum a partir dos 50 anos. As estatísticas apontam que cerca de 50% dos homens nessa faixa etária têm algum grau de aumento da próstata, o que causa desconforto e afeta a qualidade de vida destes pacientes”, explica Dr. Zeni.
Com a HoLEP, segundo o médico urologista, é possível extrair um volume maior da próstata em comparação à técnica padrão de Ressecção Transuretral da Próstata (RTU), conhecida popularmente por raspagem. “A HoLEP é eficaz para qualquer volume da glândula e a retirada é feita por meio da uretra. Outro benefício é a durabilidade, uma vez que o crescimento do tecido é um processo contínuo. A taxa de reincidência com a raspagem é de 1% a 2% ao ano, enquanto que pela técnica com laser o índice é de 0,4% em 15 anos, o que representa um tratamento com cerca de 30 vezes menos necessidade de novas cirurgias futuras”, analisa Dr. Zeni.
Dr. Hota comenta que com os desafios impostos pela pandemia da covid-19 é necessário otimizar os serviços em saúde, com altas precoces e menores índices de complicações perioperatórias. “É a tecnologia a serviço dos pacientes. Com essa técnica a cirurgia é concluída em no máximo duas horas, e sem cortes. O paciente permanece internado, em média, de 12 a 24 horas, ou seja, com alta hospitalar precoce. Depois, deve manter as consultas de rotina para acompanhamento com o especialista”, finaliza.