Cirurgia minimamente invasiva pode ser realizada no tratamento de todos os órgãos afetados pela endometriose

Foto: Nathan Almeida

A doença que acomete milhares de mulheres em todo o mundo, a endometriose, é uma causa frequente de dor e sofrimento, mas quando diagnosticada e tratada adequadamente, é possível resolver os sintomas e restaurar a fertilidade. No início de agosto, diversas técnicas avançadas e menos invasivas serão discutidas pelos expoentes da área no Curso de Endometriose Severa do IRCAD América Latina–unidade Barretos (Centro de Treinamento em Cirurgias Minimamente Invasivas), dirigido por um dos mais conceituados laparoscopistas ginecológicos do mundo – Arnaud Wattiez (França) e co-dirigido pela Dra. Audrey Tsunoda, médica ginecologista com atuação nos principais órgãos de saúde e de ensino do Brasil.

A endometriose causa aderências e cicatrizes que modificam a anatomia habitual do aparelho reprodutivo, o que prejudica a fertilidade. Os órgãos ginecológicos internos (útero, trompas e ovários) e o peritôneo (membrana que reveste internamente o abdome) são os mais afetados, porém pode ocorrer em outros órgãos como intestino, bexiga e ureteres. Como opção de tratamento, a cirurgia minimamente invasiva pode ser realizada em todos esses órgãos, porém é importante escolher um profissional médico especialista. Há relevante dificuldade técnica que compete ao cirurgião, como a decisão de remover parte ou até mesmo todo o órgão acometido pela doença, além de habilidades necessárias na dissecção de nervos e vasos sanguíneos importantes. “A laparoscopia e a cirurgia robô assistida no tratamento da endometriose garantem ganhos significativos no resultado do tratamento, porque empregam câmeras de alta definição e instrumentos delicados que aumentam a precisão e reduzem as complicações. Diversos estudos comprovam que, quanto maior o treinamento e qualificação do cirurgião, melhores serão os resultados cirúrgicos ”, esclarece a Dra. Audrey.

O curso de Endometriose Severa do IRCAD América Latina será realizado de 1 a 3 de agosto, e abordará estratégias de ultrassom, diagnóstico e as mais avançadas técnicas utilizadas no tratamento da doença, com treinamento em tecido vivo e treinadores pélvicos. Foram convidados mais de 20 experts, vindos de 6 países, tudo dirigido pelo Professor Arnaud Wattiez, que atua no Hospital da Universidade de Estrasburgo, na França, e co-dirigido pela Dra. Audrey Tsunoda, Hospital Erasto Gaertner e Universidade Positivo de Curitiba (PR) e o Dr. Ronaldo Schmidt que atua no Hospital de Amor, em Barretos (SP).

Redação

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