Terapias complementares crescem 126% no SUS e especialistas discutirão técnicas em congresso no Rio de Janeiro

O uso das práticas integrativas e terapias complementares vem crescendo anualmente no Sistema Único de Saúde (SUS). A quantidade de procedimentos relacionados a essas práticas, como uma sessão individual de auriculoterapia ou de acupuntura, registrada nos sistemas do SUS entre 2017 e 2018, mais que dobrou, passando de 157 mil para 355 mil, um aumento de mais de 126%. A tendência crescente das terapias complementares, assim como as convergências entre Ciência, Consciência e Espiritualidade serão discutidas na primeira edição do Congresso Luminarium, 1º Congresso de Ciência, Consciência e Espiritualidade, que acontece entre os dias 5 e 7 de julho, no Centro de Convenções Sulamérica, Rio de Janeiro.

“Acreditamos que a doença começa na alma, se instala no corpo físico, e é preciso tratar o paciente de maneira integral”, diz o cirurgião-chefe do Hospital Universitário Antônio Pedro, da UFF, o Dr José Genilson Junior, criador da disciplina Medicina e Espiritualidade, pioneira na faculdade federal. Para o especialista, a Saúde não é apenas a ausência de doença, mas uma condição decorrente do bem-estar físico, psicológico, familiar, social e espiritual. No dia 6 de julho, ele abordará o assunto na palestra “A Espiritualidade na Prática Clínica. O que pensa a academia?”.

O reflexo do aumento dessas terapias na rede pública de atendimento também pode ser visto no quantitativo de participantes nessas atividades, que cresceu 36%, de 4,9 milhões de participantes para 6,67 milhões no período. Nas atividades coletivas, como yoga e tai chi chuan, o crescimento foi de 46%, passando de 216 mil para 315 mil, entre 2017 e 2018.

Na Universidade, a ideia de medicina integrativa segue os conceitos da Carta de Ottawa, documento apresentado na Primeira Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, realizada no Canadá, em novembro de 1986. Nela, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e organizações sociais participantes se comprometeram a realizar esforços para atingir um novo padrão de saúde pública.

“Nas sombras que carregamos, é necessário lançar luz. Uma vez que, através do autoconhecimento, nos tornamos espiritualmente sadios, o corpo obedece a esse equilíbrio e também se harmoniza”, explica Genilson. O professor revela ainda que é crescente na academia a procura por esse novo tipo de atividade. “A crise que vivenciamos hoje no mundo faz com que as pessoas voltem a atenção para aspectos mais espirituais da vida e, em sintonia com essa demanda, a academia está preocupada em oferecer estudos nessa área. Por onde passo, tenho encontrado diversos médicos  interessados na disciplina e em criar uma nova relação com seus pacientes”, conclui o médico.

Informações: www.congressoluminarium.com.br

Redação

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