De acordo com um estudo que reuniu dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o Brasil é atualmente o país que mais realiza cirurgias plásticas no mundo, alcançando a média 1,5 milhões de procedimentos no ano.
Mas realizar uma cirurgia plástica é um processo delicado, apesar dos fins estéticos, toda cirurgia apresenta riscos, que podem variar de acordo com cada paciente. De acordo com o Dr. Josué Montedonio, cirurgião-plástico da clínica AudiMontedonio, com a ascensão das mídias digitais houve também o aumento da divulgação de procedimentos estéticos e a comparação com os padrões expostos nas redes, por essa razão o Brasil apresenta taxas tão altas.
Uma das principais preocupações do Dr. Josué é justamente a comparação com o irreal. De acordo com o cirurgião, é muito comum pacientes o procurarem com referências que não se adequam ao seu biotipo, por conta das exposições exageradas que a mídia apresenta.
“A internet tem seu lado negativo, e quando olhamos sob a perspectiva de um cirurgião plástico, esse lado é essa exposição constante de celebridades e influenciadores, que tem uma realidade diferente, com acompanhamento de nutricionistas, personal, drenagens constantes que impactam no resultado final. A cirurgia plástica é só uma das etapas para alcançar o resultado”, explica o médico.
Por essa razão, o Dr. Josué coloca em prática o atendimento humanizado, que busca entender qual a queixa do paciente e qual a origem, se é uma dor interna ou causada pela pressão das redes, pois em alguns casos, a queixa do paciente não será resolvida com uma cirurgia plástica.
Além disso, outra prática adotada pelo cirurgião é não divulgar resultados de “antes” e “depois” em seus canais de comunicação. Segundo ele, além da prática não ser permitida, só reforça a necessidade de comparação. Como alternativa encontrada, o cirurgião trabalha com animações que explicam e desmistificam pontos relacionados à cirurgia plástica e os procedimentos que realiza.