Contabilidade para médicos exige conhecimento especializado e uso de tecnologia

Os maiores desafios na gestão de consultórios e clínicas médicas estão na contabilidade, no faturamento e em falhas no agendamento de pacientes.

No caso da contabilidade, uma administração contábil ineficiente põe em risco a sustentabilidade econômica do empreendimento. Afinal, não são raros os casos em que há desperdício de recursos por “furos”. A especialista em gestão financeira da área de saúde, Júlia Lázaro, calcula que quase 90% dos médicos pagam mais tributos por enquadramento indevido.

Formada em Administração (Unesp) e com especialização em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ela ressalta a importância de uma contabilidade especializada e de base tecnológica. É dizer: uma gestão contábil que se debruce sobre as especificidades de um consultório e clínica médica e que lance mão dos recursos de tecnologias da informação.

“Uma contabilidade de base tecnológica – isto é, automatizada, que se utiliza de inteligência artificial – e que seja voltada para negócios na área de saúde não é luxo, nem deve ser exclusividade de grandes empresas. Pode e deve sim estar ao alcance de consultórios, clínicas e profissionais liberais da medicina”, sublinha Júlia Lázaro, que tem 15 anos de trajetória em gestão financeira na área de saúde.

A especialista é fundadora e sócia da Mitfokus, fintech de saúde com sede em Campinas (SP) e que presta serviços de consultoria e gestão contábil, fiscal e financeira a profissionais, consultórios e clínicas em várias partes do país. Com base na experiência vivenciada na Mitfokus, Júlia Lázaro é enfática: “Uma contabilidade especializada em saúde, e de base tecnológica, gera ganho de tempo precioso e uma economia de recursos decisiva”.

Ela argumenta: “uma contabilidade generalista deixa escapar os detalhes de um empreendimento na área de saúde. Nuances, por exemplo, relativas a questões tributárias, como alíquotas mais baixas que só podem ser usufruídas mediante profundo conhecimento das especificidades de uma clínica, e de um consultório, e que, inclusive, podem variar de especialidade para especialidade médica”.

Assim, cita Júlia, nove em cada dez médicos, prestadores de serviços ou proprietários de clínicas médicas, não estão enquadrados – do ponto de vista fiscal e tributário – adequadamente. “Por isso, pagam muito mais impostos do que deveriam.”

Todo esse processo de averiguação e enquadramento adequado demanda inteligência humana, no entanto, auxiliada por automação e inteligência artificial, se torna muito mais assertivo. “A robotização e a inteligência artificial já são realidade na contabilidade. Quando combinadas a uma contabilidade especializada em saúde, proporcionam ganhos fundamentais para consultórios e clínicas”, ressalta a especialista.

Redação

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