A crise do novo Coronavírus, o acesso ao sistema de saúde e o desemprego foram os temas que mais preocuparam a população brasileira durante o mês de março. É o que aponta a pesquisa “What Worries the World”, realizada entre 20 de março de 3 de abril com entrevistados do Brasil e de outros 27 países.
A “Covid-19” ficou em primeiro lugar no ranking, com 52%. A segunda posição, “acesso ao sistema de saúde”, teve 46%. Para completar o pódio, o “desemprego” foi citado por 39% dos ouvidos brasileiros. Em quarto e quinto lugar, respectivamente, ficaram “pobreza e desigualdade social” (32%) e “crime e violência” (28%).
Ao considerarmos todas as pessoas que responderam à pesquisa nas 28 nações participantes, os temas de maior preocupação se mantêm os mesmos, mas em ordem distinta: “Covid-19”, com 61%, permanece na primeira posição. “Desemprego” vem em segundo, com 35%. Em terceiro lugar, “acesso ao sistema de saúde” teve 28%. “Pobreza e desigualdade social” (27%) e “corrupção” (22%) fecham o top 5 global. Entre todos os 28 países pesquisados, somente quatro (China, Rússia, África do Sul e México) não citaram a pandemia como sua principal preocupação.
Direção certa ou errada?
A pesquisa também mensurou o quanto os entrevistados estão satisfeitos com o rumo de suas nações. Neste quesito, o Brasil parece estar relativamente dividido. Enquanto 57% dos brasileiros acreditam que o país está no caminho errado, 43% acham que está na direção certa. A percepção global é um pouco menos negativa: 54% das pessoas ouvidas ao redor do mundo ponderam que seus países estão no rumo errado. Para 46%, seus países estão na direção certa.
Analisando as 28 nações, quem desponta no ranking dos mais otimistas é a China, com 99% dos entrevistados locais acreditando que estão no caminho certo. Arábia Saudita (90%) e Peru (75%) seguem a liderança asiática. Na outra ponta, o país que conquistou o título de mais pessimista é o Chile, já que apenas 20% creem que o país vai na direção correta. França (26%) e África do Sul (29%) completam o fim da lista.
A pesquisa on-line foi realizada com 19,5 mil pessoas com idade entre 16 e 74 anos em 28 países, incluindo o Brasil, no período de 20 de março a 03 de abril de 2020. A margem de erro para o Brasil é de 3,1 p.p..