Cuidados para o uso adequado do contraste no diagnóstico de imagem

A utilização do contraste, bem prescrito e com administração profilática diminui os riscos e contraindicações no momento do exame. A ingestão da solução facilita a análise no diagnóstico dos exames por imagem.

Os dois contrastes mais comuns utilizados no diagnóstico por imagem são o iodado (tomografia computadorizada) e o gadolínio (ressonância magnética). A presença do líquido, que pode ser utilizado via oral, retal ou injetável – a depender da região a ser monitorada – contribui para o diagnóstico mais preciso e para indicação de tratamentos de saúde mais eficazes, já que conseguem identificar diferentes tecidos e uma avaliação mais segura.

Na opinião do Dr. Mauricio Dias Jr, gerente médico assistencial de exames no dr.consulta, uma entrevista minuciosa e direcionada antes da realização do exame contrastado é a principal ferramenta para a equipe médica rastrear e diminuir riscos de o paciente apresentar reações adversas, como um possível quadro alérgico, ao uso do meio de contraste durante os exames de Tomografia e Ressonância Magnética. “Durante esta entrevista, buscamos identificar situações como gestação, nefropatias (problemas nos rins), cardiopatias (problemas no coração) pneumopatias (problemas nos pulmões), e até mesmo outras doenças crônicas, como o diabetes. Outro ponto importante é conhecer quais medicamentos o paciente está usando para mapear potenciais interações”, afirma.

Por isso que em determinadas situações e em determinados pacientes, como idosos ou pessoas com doença renal crônica, alguns exames complementares específicos podem ser solicitados e devem ser realizados antes e como definição de critério de elegibilidade para os exames contrastados de tomografia computadorizada e Ressonância Magnética, como por exemplo a avaliação da função renal (creatinina).

De toda forma, mesmo com todo o estudo prévio do potencial risco ao paciente, as reações adversas podem acontecer. Na grande maioria das vezes se apresentam como reações leves (vermelhidão de pele, sensação de calor, coceira) e de fácil tratamento e reversão. Reações graves são exceções, no entanto, quando acontecem, todo o setor de radiologia, junto da equipe multidisciplinar profissional, deve estar preparado para dar estabilização inicial do paciente, que por vezes poderá ser encaminhado para atendimento hospitalar.

A linha de cuidado que será oferecida ao paciente reforça a importância de melhorar a comunicação entre médico e paciente para que o indivíduo participe das decisões e escolhas do tratamento. Isso poderá reduzir o índice de queixas e melhorar a confiança e vínculos entre o médico e o paciente. “Quando necessário, alguns medicamentos profiláticos (como anti-histamínicos) podem ser utilizados. A explicação do exame, assim como do uso do meio de contraste, com o esclarecimento das dúvidas do paciente gera uma relação de confiança e traz segurança tanto para o corpo clínico quanto para o paciente”, pondera o profissional do dr.consulta.

Redação

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