De problemas congênitos a erros refrativos: conheça as principais causas da baixa visão

Eles têm dificuldades de reconhecer pessoas, enxergar letreiros e placas nas ruas e ver obstáculos. Não são considerados cegos, pois a acuidade visual (capacidade de identificar detalhes espaciais, como formas e contornos), não é tão grave quanto nos casos de cegueira. Porém, enfrentam dificuldades similares, principalmente no que diz respeito à inclusão e acessibilidade. Atualmente, são 6 milhões de brasileiros com o problema, de acordo com o IBGE. A baixa visão ocorre quando há um comprometimento de mais de 70% da visão. “Quando o valor da acuidade visual corrigida do melhor olho é menor que 0,3 e o campo visual menor ou igual a 20 graus estamos diante de alguém com baixa visão”, explica o oftalmologista do Hospital CEMA, Minoru Fujii.

As causas variam muito, mas algumas condições que levam ao problema podem ser evitadas com idas regulares ao oftalmologista. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 1 bilhão de pessoas em todo mundo poderiam evitar a perda ou os danos à visão, caso procurassem ajuda médica antes da doença se agravar. Existem particularidades no aparecimento dessa condição na infância ou na vida adulta. O especialista explica abaixo quais são as principais causas em cada faixa etária:

Causas da baixa visão em crianças:

  • Catarata congênita – Nesse caso, a criança já nasce com essa condição e precisa de tratamento precoce cirúrgico para tratar a doença;
  • Glaucoma congênito – É uma condição rara, na qual ocorre pressão intraocular elevada, que afeta o nervo ótico, podendo levar à cegueira irreversível. Necessita, por isso, de tratamento oftalmológico urgente;
  • Toxoplasmose congênita – Quando a criança nasce, a doença, geralmente, é assintomática, porém pode comprometer os olhos e deixar graves sequelas, como a Retinocoroidite Macular;
  • Retinopatia da prematuridade – Ocorre por causa do incompleto desenvolvimento ocular dos bebês que nascem prematuros. Quanto mais precoce for o parto, maiores as chances de o recém-nascido apresentar o problema. Geralmente evolui sem complicações;
  • Vícios de refração – Astigmatismo, miopia e hipermetropia podem se agravar, caso a condição não seja tratada corretamente. Por isso, é importante que a criança vá ao oftalmologista com frequência para identificar problemas refrativos. Muitas vezes, o rendimento escolar baixo pode dar pistas de que pode haver uma doença ocular em progressão;
  • Traumas oculares e perfurações – Qualquer objeto estranho ou impacto que atinjam os olhos pode causar lesões graves e causar comprometimento visual.

Causa de baixa visão em adultos:

  • Degeneração macular relacionado a idade (DMRI) – Mais presente em pessoas brancas, acima de 60 anos, a DMRI atinge uma região do olho chamada mácula, levando a perda progressiva da visão, podendo chegar a 80 a 90% em alguns casos;
  • Retinopatia Diabética – Quando a diabetes não é controlada, ela pode causar danos à retina, que levam ao quadro de Retinopatia Diabética. Exames de fundo do olho conseguem identificar esse problema;
  • Glaucoma – Uma das principais causas de cegueira, o glaucoma ocorre quando há aumento da pressão intraocular, o que causa danos ao nervo ótico;
  • Traumas oculares e perfurações.

É importante sempre fazer um check-up ocular e aumentar a frequência, após os 40 anos de idade. Essa atitude simples pode prevenir a perda de um bem tão importante quanto a visão.

Redação

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