Dia Mundial da Anestesia: Desafios e questões como ética médica e segurança do paciente

No dia 16 de outubro de 1846 foi aplicada a primeira anestesia geral em um paciente. O método foi utilizado por meio de um aparelho inalador de éter antes de uma cirurgia de grande porte, resultando numa anestesia geral. O aparelho foi idealizado pelo americano Thomas Green Morton, que utilizava éter em seus procedimentos de extração de dentes. A primeira anestesia geral com este produto foi realizada no Brasil em 1847, no Hospital Militar do Rio de Janeiro. O profissional capacitado para aplicar anestesia em um paciente deve ser formado em Medicina e ter especialização em Anestesiologia. Apesar das técnicas hoje em dia serem altamente modernas, o anestesiologista é o profissional capacitado para reduzir riscos e acidentes durante o procedimento. Somente no Brasil, são 25 mil profissionais especializados, sendo 13 mil creditados pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia. O sócio da SBA tem acesso a um acervo de informação e formação que o qualificam para tratar melhor a sociedade brasileira.

“Com o decorrer dos anos e o crescente número de agentes e técnicas anestésicas, a Anestesiologia firmou-se como uma especialidade médica. Muito embora a anestesia local possa ser utilizada por outros profissionais, a realização do ato anestésico é regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina e é considerado um Ato Médico. Essa especialização tem sido responsável pela significativa redução do risco de danos ao paciente. Assim, é muito importante que a população se certifique de que o profissional possua o Registro de Qualificação de Especialidade (Anestesiologia) no Conselho Federal de Medicina (RQE)”, analisa o dr. Luis Antonio dos Santos Diego, um dos diretores da SBA.

A anestesia pode ser de dois tipos: geral (quando o paciente fica inconsciente e sem sensibilidade em todo o corpo durante o procedimento cirúrgico) e a parcial, quando apenas o local da cirurgia é anestesiado – neste caso, o paciente pode ou não ficar consciente. A duração de cada anestesia varia de acordo com o tempo que a junta médica levará para realizar o procedimento cirúrgico. O anestesiologista é o profissional que acompanhará o paciente em todos os processos pré, durante e pós a operação.

Atualmente são diversos os métodos utilizados para o ato anestésico e o anestesiologista deverá, previamente, avaliar o paciente, de modo que, ao final, possa elaborar um planejamento da técnica anestésica adequada ao procedimento cirúrgico ao qual irá se submeter. As técnicas mais comuns são a anestesia geral, na qual podem ser utilizados agentes inalatórios (vapores e/ou gases) ou fármacos injetados diretamente na corrente sanguínea por uma punção venosa, ou os conhecidos bloqueios nervosos, que podem ser diversos e também os bloqueios do neuroeixo (a raquianestesia ou a peridural).

‘Os maiores desafios para os anestesiologistas na atualidade é apresentar ao público em geral a real importância de seu papel na Segurança do Paciente. Além do curso médico de 6 anos, o anestesiologista, para obter o RQE e estar habilitado para exercer a profissão, deve realizar três anos de especialização em instituições credenciadas pela Comissão Nacional de Residência Médica ou pela Sociedade Brasileira de Anesestesiologia”, finaliza dr. Diego.

Redação

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