Determinado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e celebrado anualmente em 7 de abril, o Dia Mundial da Saúde tem como objetivo conscientizar e propor uma reflexão à população sobre temas sérios, de cuidados e prevenção às doenças ainda consideradas responsáveis por interferir no bem-estar e causar complicações à qualidade de vida. No topo desta lista, seguem os diferentes tipos de câncer, as doenças respiratórias e a milenar tuberculose, que tem contado com esforços globais para sua erradicação até 2030.
Captura Híbrida e o câncer de colo de útero
Considerado o terceiro tipo de câncer mais comum entre mulheres no Brasil, com uma incidência de 16 mil casos anuais no país, sendo quase a metade deles fatais, o câncer de colo do útero é causado por alguns tipos de HPV. Além dos exames mais comuns como a colposcopia e o Papanicolau, que identificam alterações nas células do útero por diferentes causas, existe um teste molecular muito mais sensível, capaz de detectar o DNA do vírus, antes mesmo do surgimento da lesão inicial: a Captura Híbrida.
“Trata-se de um teste padrão ouro, robusto, que possui diversos controles e calibradores, a fim de garantir um resultado preciso e confiável. A Captura Híbrida já existe há mais de vinte anos, entretanto, ainda não foi altamente adotada no Brasil, como em outros países mundo afora, por isso pode ser considerada uma ‘tecnologia nova’ por aqui, que já apresenta cobertura obrigatória por todos os planos de saúde”, destaca Raphael Oliveira, Gerente de Marketing Regional LATAM para Diagnósticos Moleculares da QIAGEN.
Duas soluções, um objetivo: erradicar a tuberculose
Classificada pela OMS como um problema de saúde pública mundial, que levou mais de 1,5 milhões de pessoas a óbito em 2020, a tuberculose é uma das doenças mais antigas da humanidade. Em função disso, o órgão criou em 2018 uma campanha global, com o propósito de erradicar a enfermidade até 2030. Para que esse objetivo seja cumprido, uma das medidas mais efetivas de conter essa transmissão e sanar suas ocorrências se dá pelo diagnóstico e tratamento precoces da tuberculose ativa e da prevenção reativa da patologia, através do tratamento da infecção latente (ILTB), quando ainda não apresenta sintomas.
“O teste IGRA, ou ensaio de liberação de Interferon-gama, está entre os mais precisos, analisados e recomendados pela OMS para identificar a tuberculose em sua fase latente. É um teste sensível, específico e objetivo, realizado com uma pequena amostra de sangue e que requer apenas uma visita ao médico, apresentando resultado rápido e seguro, com a precisão de testes laboratoriais”, explica Oliveira.
Entre os testes IGRA, que podem e devem ser feitos principalmente por pessoas dos grupos de risco como os portadores de HIV positivo e imunossuprimidos, está o QuantiFERON-TB Gold Plus, considerado um exame referência e o mais utilizado no mundo, agora também disponível à população brasileira pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e em todos os planos de saúde. Outra solução, recentemente aprovada pela Anvisa e que em breve estará disponível no país, trata-se de um teste rápido de alta performance, o QIAreach QuantiFERON – TB, sob a mesma metodologia, entretanto, sem a necessidade de infraestrutura laboratorial complexa, permitindo que sua aplicação e rastreio da tuberculose seja mais rápida e ampla.
Gripe, Covid-19, Flurona ou Pneumonia: A vantagem dos testes sindrômicos
Ao apresentar sintomas clínicos parecidos, como febre, tosse, dor de cabeça, entre outros, as doenças respiratórias impõem dificuldade ao diagnóstico baseado apenas na avaliação médica dos pacientes, consequentemente, ao tratamento mais adequado para combater determinada infecção. Por isso, a chegada dos testes sindrômicos tem proporcionado uma melhora contínua na área da saúde.
Ferramentas como o QIAstat-Dx permitem a testagem de um painel respiratório do paciente, identificando, inclusive, se o indivíduo está contaminado por mais de um agente infeccioso ao mesmo tempo – como nos casos de Flurona. Uma solução que traça as diretrizes para a conduta médica mais adequada, elimina as incertezas no tratamento com o uso dos medicamentos corretos, proporcionando uma abordagem mais responsável em termos de administração e resistência aos antibióticos. Além disso, a tecnologia permite reduzir a janela de tempo do paciente no hospital, evitando internações desnecessárias.
Propensão ao câncer e mutações: Testes genéticos garantem diagnósticos precoces e sobrevida
A corrida contra o câncer tomou novas proporções com a chegada dos testes genéticos, mais uma das inovações desenvolvidas pela biotecnologia. Devido à sua alta acuracidade, exames genômicos tumorais têm permitido que pessoas com histórico familiar de câncer ou que já tenham tido câncer anteriormente, detectem mutações genéticas que poderão levar ao surgimento de novos tumores.
“Para realizar esse rastreamento, são feitas análises dos genes BRCA1 e BRCA2, que estão relacionados a alguns tipos de câncer como o de mama, de ovário e de próstata hereditários. O teste genético permite verificar mutações nesses genes, que poderão causar o desenvolvimento da doença. Com uma simples amostra de sangue ou saliva, é possível realizá-lo e, sob orientação médica, direcionar as medidas que mais se aplicam para o paciente que apresentar um diagnóstico positivo para propensão à doença. Esses testes já estão disponíveis e são cobertos pelos planos de saúde para pacientes que apresentem histórico familiar do câncer”, destaca Allan Richard Gomes Munford, Gerente Regional LATAM de Marketing para Diagnósticos de Oncologia e Precisão da QIAGEN, que apresenta, entre suas soluções, o QIAseq Targeted DNA Panels, um kit de reagentes utilizados para a preparação das amostras a serem sequenciadas.
Em pacientes com estágio avançado de câncer, quando não há mais chances de cura, acompanhar e detectar metástases pode ser uma das alternativas para garantir a manutenção do seu estado geral de saúde e prolongar sua sobrevida. “Nesse sentido, testes genéticos de metodologia RT-PCR como o therascreen PIK3CA RGQ PCR Kit, capaz de detectar 11 mutações do gene PIK3CA, são mais rápidos, sensíveis e precisos, o que tem favorecido tratamentos cada vez mais precoces, sob os princípios ativos capazes de inibir as proteínas relacionadas à rápida progressão da doença”, conclui Munford.