Segurança do Paciente: IBSP fala sobre importância da conscientização sobre erros de medicação

No dia 17 de setembro é celebrado o Dia Mundial da Segurança do Paciente e, para 2022, a campanha escolhida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) foi “Medicação sem danos”. O Instituto Brasileiro para a Segurança do Paciente (IBSP) considera esse debate de extrema importância, afinal, os medicamentos fazem parte da vida de todos e são de interesse geral, independendo de idade, sexo ou condição socioeconômica. Porém, esses mesmos remédios que salvam vidas, podem causar sérios danos se forem prescritos, dispensados, administrados ou armazenados de maneira incorreta.

O problema é global, mas nacionalmente, podemos listar alguns dados que demandam atenção. Por exemplo, a estimativa é que menos de 15% das doses medicamentosas administradas são totalmente corretas e 56% das prescrições com medicamentos potencialmente perigosos apresentam erros. Além disso, nos hospitais públicos, os erros de dispensação chegam a 34%.

Entre os medicamentos mais comumente relacionados aos casos estão aqueles para tratar doenças do sistema cardiovascular e nervoso. Para a diretora de novos negócios do IBSP, Karina Pires, com a pandemia do Covid-19 esse se agravou.

“A preocupação com os erros de medicamentos é uma constante para os problemas em Segurança do Paciente. A pandemia mais uma vez mostrou que o estresse emocional, o número reduzido de profissionais sobretudo despreparados e os ambientes conturbados, foram situações contribuintes para a ocorrência de falhas na assistência à saúde”, pontuou a especialista.

Para diminuir esses erros, o IBSP aponta que é preciso trabalhar em três frentes: com os profissionais da saúde, com líderes do setor e com os pacientes e seus familiares. Em relação ao primeiro grupo, as orientações são: manter-se atualizado sobre as melhores práticas de medicação, envolver o paciente na tomada de decisão, fornecer informações  claras e completas sobre as medicações aos membros da equipe, relatar incidentes, ficar atento às situações de risco e, claro, compartilhar as lições apreendidas.

Já para os líderes de saúde, a recomendação do instituto é que sejam desenvolvidos processos para garantir a segurança em medicamentos, padrões de protocolos operacionais para uso seguro de medicamentos levando os fatores humanos em consideração. Além do fornecimento de um sistema de notificação de incidentes e do fortalecimento da cultura de segurança da instituição.

Por fim, para os familiares e pacientes, o IBSP ressalta a importância da instrução. É preciso orientá-los a tirar todas as dúvidas sempre que receber uma receita, reforçar a necessidade de fazer uso de medicamentos exatamente como prescrito, manter uma lista atualizada dos medicamentos que estão em uso e fazer o armazenamento correto.

Redação

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