Em 15 de junho de 2023 será promovida a campanha global do Dia Mundial do Câncer de Rim. Conforme o Instituto Nacional do Câncer (INCA), para este ano, são esperados que sejam registrados mais de seis mil novos casos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) ainda informa que a doença está entre os 15 tipos mais incidentes no mundo e só em 2020, foi o responsável por 430 mil novos casos de câncer. Além disso, de acordo com a organização, o carcinoma de células renais foi responsável por 180 mil mortes em todo o mundo no mesmo ano.
Por isso, especialistas se uniram para lançar a data e estimular o debate sobre a doença. Neste ano, o debate girará em torno dos seguintes temas: o que é o câncer de rim e como as pessoas que vivem com ele podem manter a qualidade de vida antes, durante e após o tratamento. A campanha será lançada em Buenos Aires, na Argentina, durante o IKCC Global Meeting, que ocorrerá entre os dias 18 e 20 de junho e reunirá mais de 40 entidades relacionadas ao câncer de rim em todo o mundo.
Na manhã do dia 20 de junho ocorrerá uma reunião do LARCG (Latin American Renal Cancer Group), coordenada pelo líder do Centro de Referência de Tumores Urológicos, Dr. Stênio Zequi, com a presença de especialistas da Argentina e demais países da América Latina. A reunião também contará com a presença do Dr. Erik Jonas, do Belzutifan e oncologista do MD Anderson, que falará sobre a Síndrome de Von Hippel-Lindau (VHL) – patologia hereditária onde o indivíduo nasce sem o gene supressor de tumores.
Ainda durante a reunião do LARCG, o head de oncogenética do A.C.Camargo Cancer Center, Dr. José Claudio Casali, realizará um debate sobre o planejamento de um estudo clínico multicêntrico na América Latina, liderado pelo A.C.Camargo, com os centros ligados ao LARCG com uma nova droga para o tratamento de VHL.
O Dia Mundial do Câncer de Rim foi lançado no Brasil durante o Next Frotiers to Cure Cancer, um evento científico promovido pelo A.C.Camargo Cancer Center, em 2016, com o apoio e coordenação de Zequi.
Câncer de rim
O câncer de rim apresenta diversos graus de agressividade e formas de apresentação, definidas através do estadiamento clínico. Curiosamente, há casos de pacientes que têm tumores que estão no mesmo estadiamento, mas evoluem de forma diferente – um apresenta boa evolução e o outro, não.
Entre as formas mais comuns de tratamento estão as cirurgias (da convencional à robótica, que garante os melhores resultados), a imunoterapia e as terapias-alvo, por exemplo.
Há ainda tumores renais de agressividade baixa cujo tratamento poderia até ser adiado, mas a equipe e o paciente mantêm a chamada “vigilância ativa”, repetindo periodicamente exames de imagem, como tomografia, ressonância ou ultrassom. Depois, reavaliam o caso. Se houver qualquer sinal de progressão, o tratamento é rapidamente realizado.