Em live, ginecologistas discutem câncer de colo de útero e maneiras de erradicar doença

Em 10 de dezembro, quinta-feira, às 20h, a Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo (SOGESP) promove a live de tema “Como erradicar o câncer de colo de útero no Brasil”. Coordenada pela dra. Marcia Fuzaro Terra Cardial, professora doutora da disciplina de Ginecologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), visa à atualização continuada de médicos dos setores público e privado da saúde sobre prevenção primária, secundária e terciária do câncer, bem como o manejo público e políticas de saúde.

O câncer de colo de útero é o quarto tipo mais comum no mundo levando a óbito anualmente cerca de 310 mil mulheres. Estima-se 90% dos casos ocorram em países de baixo e médio desenvolvimento, como o Brasil.

Segundo projeções da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC), a menos que medidas preventivas sejam implementadas prontamente, o número de mortes pode saltar para 460 mil/ano em 2040, o que representa aumento de 50%.

“Debateremos em particular a prevenção com vacina, rastreio e tratamento de lesões pré-câncer de colo de útero. É pauta de fundamental importância, pois, em nosso país, trabalhamos com a previsão de 16.710 casos novos, em 2020, com risco estimado de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres, segundo estatísticas do Instituto Nacional de Câncer (INCA). É uma doença prevenível que ainda acomete muitas mulheres no país” destaca a dra. Marcia.

A propósito, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu recentemente documento com estratégias de prevenção primária e secundária a serem reforçadas nos próximos anos. Estabelece, por exemplo, que até 2030: 90% das meninas estejam vacinadas até os 15 anos; 70% de mulheres sejam rastreadas com teste de alta efetividade aos 35 anos e 45 anos; e 90% das lesões precursoras e câncer invasivo tratadas.

“Queremos conclamar todos os médicos ginecologistas a aderir à campanha da OMS e que chamemos atenção de órgão públicos para incremento de vacinação e introdução de teste DNA-HPV, como rastreio primário e exame mais sensível do que a citologia para rastreio”, comenta Márcia.

Ele reafirma que o câncer de colo de útero é tratável. No entanto, se diagnosticado em fase tardia, o índice de mortalidade é alto.

Na live, ainda serão tratadas condutas como a prescrição de vacina, solicitação de exames de rastreio e tratamento adequado às lesões precursoras.

O evento contará com a presença também do maestro José Luiz Ribalta que apresentará a Big Band da comunidade de Paraisópolis. Um QR Code será disponibilizado para doações de cestas básicas, no valor de R$ 40,00, destinados aos moradores de Paraisópolis.

Informações: www.sogesp.com.br

Redação

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